De tudo
A Vida do Rei Salomão
O presente escrito tem o objetivo de contar a história da vida de Salomão, um pouco sobre suas obras como Rei de Israel, sua notória sabedoria, suas virtudes e também seus defeitos. Também, tentar traçar alguns paralelos entre sua história e a importância dela para nossa vida nos dias de hoje.
A história de Salomão é narrada na Bíblia a partir de 1Reis 1.1, onde vemos que seu pai Davi já era velho e a procura de um substituto para o trono se tornava urgente; e termina em 1Reis 11-43, onde lemos sobre sua morte e que Roboão, seu filho, reinou em seu lugar.
Atribui-se a Jeremias a autoria dos livros de 1 e 2 Reis, onde lemos a história de Salomão e dos demais reinos de Israel até o desaparecimento do Reino do Norte e a destruição de Jerusalém e o exílio babilônico.
Também vemos a História de Salomão em 1 Crônicas, iniciando no capítulo
22, a partir do Versículo 6, onde Davi lhe ordenou que edificasse uma casa ao Senhor, Deus de Israel; e vai até 2Cr 9.31. A autoria dos livros de 1 e 2 Crônicas é difícil de se precisar, apesar de alguns autores a atribuírem a Esdras.
Quem foi Salomão?
Salomão foi o décimo filho de Davi, e o segundo que teve de Bate-Seba. Nasceu em Jerusalém e seu nascimento já tinha sido anunciado nas palavras do profeta Natã a Davi, conforme lemos em 1Cr 22.8-9:
"...Tu derramaste sangue em abundância e fizeste grandes guerras; não edificarás casa ao meu nome, porquanto muito sangue tens derramado na terra, na minha presença. Eis que te nascerá um filho, que será homem sereno, porque lhe darei descanso de todos os seus inimigos em redor; portanto, Salomão será o seu nome; paz e tranqüilidade darei a Israel nos seus dias".
E ainda em 2Sm 7.12, lemos a mesma profecia que também tipifica Cristo, pois do vers.8 ao 17 vemos que o reino que Deus promete será eterno e estabelecido por um descendente de Davi, ou seja o reino celeste estabelecido por Jesus.
O profeta Natã o chamou de Jedidias, que quer dizer "amado do senhor" (2Sm 5.14; 12.24-25) Foi o terceiro governante do reino unido de Israel e parece ter seguido um costume de tomar um nome real, Salomão, "pacífico". Seu reinado tornou este título não apenas apropriado, mas popular. Seus antecessores foram Saul e seu pai Davi.
Casou-se com uma filha de Faraó do Egito, trazendo-a para Jerusalém
(1Rs 3.1), mas além dela tinha setecentas mulheres, princesas e mais trezentas
concubinas. Tanto a filha do Faraó quanto todas essas mulheres, a maioria estrangeiras, perverteram o coração de Salomão.
A Transição do Reinado de Davi e a Ascensão ao Trono por Salomão
A transição do Reinado de Davi teve algumas importantes desavenças entre os filhos de Davi para ver quem seria seu sucessor no trono. Por razões não expressas, Deus escolhe Salomão para ocupar tal posto, mas Adonias e Absalão tentam tomar ilicitamente o lugar do pai.
Segundo Giuseppe Crocetti, podemos perceber um capítulo especial na seção chamada "história da sucessão ao trono de Davi". Ela se inicia em 2Sm 9 e vai até o capítulo 20, e reaparece e se encerra em 1Rs 1-2. Sua opnião é que:
"O argumento fundamental que essa seção desenvolve, quase em filigrana, responde à pergunta: por que foi Salomão que sucedeu a Davi? A resposta é dada com uma espécie de elenco dos descartados: são postos de lado os descendentes de Saul (cap.9 e 21), e os filhos de Davi, Amnon (cap.13), Absalão (cap.14-20) e Adonias (1Rs, cap.1-2); assim resta só Salomão, que Davi faz proclamar rei solenemente (1Rs 1,34: "Viva o rei Salomão").
"1. Amnon, filho mais velho de Davi, aproveitou-se injustamente de sua meia- irmã Tamar e depois a rejeitou com crueldade, embora pudesse tê-la pedido em casamento (2Sm 13.1-19); depois Absalão, irmão germano de Tamar, resolve em seu coração vinga-la e mata seu meio irmão Amnon.
Absalão revolta-se contra o seu pai, o rei Davi (2Sm 15.1-6), e proclama-se rei após ter seguido para Hebrom, e vários eram os que simpatizavam com ele (2Sm 15.7-12), mas um mensageiro avisa a Davi sobre os planos de seu filho, e Davi foge de Jerusalém junto com seu grupo fiel de mercenários filisteus. As tropas aliadas a Davi esmagam de forma decisiva as tropas rebeldes de Absalão e ele é morto por Joabe, contra as ordens de Davi (2Sm 17.24-18.33).
Adonias, então, o filho mais velho dos sobreviventes, nos últimos anos do reinado de seu pai, formou em volta de si um partido forte e começou a manifestar pretensões, aspirando ser sucessor de seu pai. Foi apoiado por Joabe, comandante do exército real e de Abiatar, sumo-sacerdote, sucessor de Arão. Mas Bate-Seba, incitada pelo profeta Natã, fala a Davi acerca da conspiração de Adonias para sucede-lo no trono (1Rs 1.15-31). Davi pede a Zadogue, um dos dois principais sacerdotes, e a Natã para que fosse ungido rei o seu filho Salomão. Os partidários de Adonias prontamente o abandonaram. Salomão não faz nenhum mal a Adonias até então, mandando-o ir para sua casa (1Rs 1.53; 1Cr 23.1).
Por causa da rebelião, Salomão foi coroado antes da morte de Davi.
Não se pode falar com certeza quanto tempo depois de Salomão ser coroado, Davi vem a morrer. Antes de morrer, porém, Davi dá instruções e conselhos a Salomão (1Rs 2.1-9).
Adonias ainda tenta tomar o lugar de Salomão conforme lemos no livro
Introdução ao Antigo Testamento:
1 Giuseppe CROCETTI, 1-2 Samuel 1-2 Reis, p. 85.
"... Por fim de maneira tola, ele fez mais uma tentativa desesperada de destronar Salomão: pediu a consorte de Davi, Abisague, por esposa após a morte do pai. Salomão, percebendo as implicações políticas do pedido do irmão (transmitido astutamente pela influente Bate-Sabe), executou Adonias. O novo rei baniu Abiatar para Anatote (cf. Jr 1.1) e matou Joabe para cumprir a última vontade de Davi: a vingança pela morte de Absalão e Amasa..." 2 e lemos ainda
que após tais atos cruéis e vingativos finalmente seu reinado é firmado: "... Por
fim, Salomão reinou sem rivais em Judá e Israel (1Rs 2.1-46). O governo dinástico fora estabelecido." 3 .
A Sabedoria de Salomão
Tornou-se, Salomão, famoso não só pela grandiosidade de seu reino ou de suas obras, mas também por sua sabedoria.
Num sonho que teve, pediu a Deus que lhe desse sabedoria, recebendo então a promessa de abundantes bênçãos (1Rs 3.5-15). Salomão era jovem e, diante da grande responsabilidade de reinar sobre Israel e de seguir os passos do pai, pede a Deus sabedoria.
Lemos em 1 Reis 3.12 as palavras de Deus a Salomão: "... dou-te coração sábio e inteligente, de maneira que antes de ti não houve igual, nem depois de ti o haverá", de forma que, depois de Jesus, Salomão foi o homem mais sábio do mundo.
Salomão compôs 3000 provérbios e 1005 cânticos e era respeitado por sua sabedoria (1Rs 4.29-34).
Atribui-se a Salomão a autoria dos livros de Provérbios, Eclesiastes e
Cantares, além de dois salmos.
Salomão julga o caso de duas mulheres
Uma das demonstrações da sabedoria de Salomão foi o fato de ter julgado o caso de duas mulheres.
Vieram a sua presença duas mulheres. Dizendo uma delas que ambas moravam na mesma casa e, à noite, sua amiga matou acidentalmente seu próprio filho enquanto dormia, deitando-se sobre ele. Enquanto eu dormia; disse ela, trocou os nossos filhos colocando ao meu lado seu filho morto.
A mulher enganada reparando pela manhã, viu que o filho não era seu. Ambas alegavam ser seu o filho vivo. Eis que Salomão manda vir uma espada e diz: dividirei o menino vivo em duas partes e darei metade para cada uma. Então a verdadeira mão falou ao rei que desse o menino a sua amiga e que de modo algum o matasse, e a outra disse que poderia dividi-lo.
O rei proclama a sentença dizendo: não mateis o menino. E mandou o entregar à sua verdadeira mãe. Todo o Israel ouviu a sentença, e tiveram profundo respeito ao rei, porque viram que havia nele a sabedoria de Deus, para fazer justiça (1Rs 3.16-28).
2 William LASOR, Introdução ao Antigo Testamento, p. 208
3 Ibid., p. 208
Reinado de Salomão
Foi a partir de Salomão que Deus estabeleceu o conceito de governo dinástico para o seu povo. Por quase quatro séculos, os descendentes de Davi seriam reis em Jerusalém.
O Reinado de Salomão durou 40 anos (971-931 AC) e durante ele a nação israelita atingiu o apogeu da sua grandeza.
Salomão e seu povo gozaram de profunda paz durante o seu reinado, e em todos os domínios.
O reino que Salomão herdou de seu pai se estendia do Golfo de Aqaba, ao sul, quase até o Eufrates ao norte. Nunca, antes ou depois disso, o território israelita foi tão extenso. Seu reino de quase 100.000 quilômetros quadrados era dez vezes maior que o reino que seu pai herdara.
Visto que tanto a Assíria quanto o Egito estavam fracos nessa época, Salomão não encontrou qualquer oposição real da parte de seus vizinhos. O seu exército era grande e achava-se bem equipado (1Rs 4.26; 10.26; 2 Cr 1.14). Ele protegeu de tal maneira o comércio, que a Palestina se tornou rica, abundante em artigos de luxo (1Rs 9.26 e 28; 10.14,15,27 a 29).
O editor do Dicionário Bíblico Vida Nova nos conta que: "Salomão substituiu
os limites tribais de Israel por doze (ou treze) distritos administrativos, cada um dos quais era obrigado a prover sustento para a corte um mês por ano (1Rs
4.22s.); suas exigências de alimento fariam disso uma tarefa onerosa (1Rs 4.22s). Isso causou ressentimento considerável"
4. O povo dava sinais de insatisfação contra as práticas rígidas do governo de Salomão, prova disso é o assassinato de Adonirão (ou Adorão), superintendente dos trabalhos forçados (1Rs 12.18). O livro Introdução ao Antigo Testamento aponta: "Outra medida impopular de Salomão foi arregimentar trabalhadores dentre as tribos. Teoricamente, os 30.000 israelitas envolvidos em projetos públicos (5.13-18) não eram escravos como os trabalhadores cananeus (9.15-22).
Mas eles prezavam tanto a liberdade que não se submetiam sem reclamar" 5.
Salomão era um comerciante empreendedor. Uma vez que os fenícios já controlavam o comércio no Mediterrâneo, Salomão se voltou para o sul e
desenvolveu relações comerciais com a Arábia e a África Ocidental, efetuando suas expedições marítimas com a ajuda dos navegantes de Tiro (1Rs 9.26-28). A cidade de Ezion-geber servia não apenas como porto para saída e chegada dessas expedições, mas também como centro de fabricação e refinação de cobre minerado em Arabá.
Salomão também controlava numerosas rotas comerciais terrestres, tornando-se Israel a grande câmara de compensação dos carros e linhos do Egito, cavalos cicilianos e os vários produtos da Arábia. Praticamente nada entrava no Egito procedente do Oriente, ou na Mesopotâmia procedente do sudoeste, sem enriquecer os cofres de Salomão (1Rs 4.21; 10.28-29).
4 Derek WILLIAMS, ed., Dicionário Bíblico Vida Nova, p. 331.
5 William LASOR, Introdução ao Antigo Testamento, p. 210.
A Construção do Templo e as Obras de Salomão
O rei estava também envolvido em vastos empreendimentos de construção. Sobre o Monte Moriá, ao norte da antiga Jerusalém, ele construiu uma acrópole que compreendia o magnificente templo, erigido em 7 anos (1Rs 6.37-
38), e seu próprio palácio, que esteve 13 anos em construção (1Rs 7.1), bem como um edifício para a rainha egípcia, sua mulher; (1Rs 3.1; 7.2,8) o muro de Jerusalém, e várias cidades (Hazor, Megido e Gezer) (9.15-19,24). Também construiu Milo, que alguns crêem ter sido um "aterro" entre Sião e Moriá, e uma cadeia para carros através de todo o país para garantir sua segurança.
Como tinha sido predito, foi ele que edificou o primeiro templo de Jerusalém (1Rs 5.6; 2Cr 2 a 4). A edificação do templo foi a grande tarefa do reinado de Salomão.
A madeira empregada na construção foi trazida do Líbano pelos operários fenícios, que em grande número foram empregados nesta obra, e outras semelhantes. A madeira era preparada e conduzida em navios até Jope, e deste porto até Jerusalém (1Rs 5.9). Também as grandes pedras eram cortadas, cinzeladas, e cuidadosamente marcadas antes de serem mandadas para Jerusalém. Foram empregados neste trabalho milhares de operários.
Salomão faz um acordo com Hirão, rei de Tiro, para que este o ajude com matéria prima e mão- de-obra na construção do templo em troca Salomão devia dar providências para a manutenção e salário dos homens de Hirão, e devia pagar certa contribuição anual em trigo batido e medidas do melhor azeite para pagar o material vindo para a edificação. Salomão contratou um homem de Tiro para supervisionar a obra e um artesão fenício para executá-la (1Rs 5.10, 18; 7.13).
Após concluir as obras Salomão dedica o templo ao Senhor, Deus de Israel, colocando a arca da aliança em lugar próprio, no Santo dos Santos, dentro do templo.
A Decadência de Salomão
Os magníficos projetos de construção e as vastas exigências de exército forçaram tanto a economia israelita que mesmo os imensos rendimentos de Salomão provaram ser insuficientes para financiar o programa, de forma que certa vez ele teve de ceder 20 cidades galiléias à fenícia como pagamento por madeira e ouro necessários (1Rs 9.10-14). Seguindo o costume dos monarcas orientais, Salomão tinha um vasto harém, e tentava promover uma atitude amigável internacionalmente casando-se com princesas da maioria das nações circunvizinhas, inclusive os egípcios. De tal modo foi o coração de Salomão foi pervertido por essas mulheres que ele chegou a adorar os falsos deuses, como Astarote, dos sidônios, Moloque, dos amonitas, e Camos dos moabitas, aos quais edificou templos em Jerusalém (1Rs 11.1-8; Ne 13.26). Salomão se deixou envolver pela idolatria e os seus pecados trouxeram o castigo anunciado (2Sm 7.14; 1Rs 11.9-13), e apareceram os inimigos (1Rs11.14-40), enevoando seus últimos dias.
Vemos entrar na história a figura de Jeroboão, um efraimita de Zerete, filho de Nebate, servo de Salomão. Ele ao encontrar-se com o profeta Aías, ouve dele a profecia de que receberia dez das tribos de Israel para ser rei , por causa da ira de Deus sobre os pecados cometidos por Salomão.
Ao fim dos quarenta anos que reinou sobre todo o Israel, morre Salomão e
é sepultado na Cidade de Davi, seu pai; e Roboão, seu filho, reinou em seu lugar.
Referências de Salomão no Novo Testamento
Mostra que foi Salomão quem edificou o Templo (1 Reis 6.1,14 - Atos 7.47).
A arca da aliança simbolizava a presença de Deus entre o seu povo (1 Reis
8.1,6 - Apocalipse 11.19).
Todo o santuário se encheu de uma nuvem de fumaça, que era uma manifestação visível da presença do Senhor no templo (Êx 40.34-38), e a glória do Senhor enchera o templo. A glória do Senhor é a irradiação luminosa do ser e da santidade de Deus (Nm 14.10; Iz 6.3; Ez 1.28). (1 Reis 8.10-11 - Apocalipse 15.8).
O templo construído é verdadeiramente a casa onde Deus habitou. (1 Reis
8.13: "Na verdade, edifiquei uma casa para tua morada, lugar para a tua eterna habitação." - Mateus 23.21: "Quem jurar pelo santuário jura por ele e por aquele que nele habita;").
Deus se agrada por Davi querer fazer-lhe uma casa. (1 Reis 8.17-18 - Atos
7.45-46).
Não foi Davi, mas seu filho Salomão, que edificou a casa de Deus. (1 Reis
8.19-20 - Atos 7.47).
Deus não habita em templos feitos por mãos humanas. (1 Reis 8.27; 2
Crônicas 2.6 - Atos 17.24).
Eis que a vossa casa vos ficará deserta. Alusão ao castigo de Deus se o povo se afastasse dele. (1 Reis 9.7-8 - Mateus 23.38).
Jesus faz alusões à sabedoria de Salomão e a magnificência com que vivia. (1Reis 10.5 - Mateus 6.29).
A visita da rainha de Sabá; Eis quem é maior do que Salomão.
Salomão foi o homem mais sábio que a terra já viu. Não houve nem antes, nem depois del, quem fosse mais sábio. Sua inteligência, porém não se pode comparar a de Jesus, filho de Deus. (1 Reis 10.1-10; 2 Cr 9.1-12 - Mateus
12.42; Lucas 11.31).
A sua casa se tornou notável pela riqueza e esplendor. Apesar de toda a glória, sabedoria e majestade de Salomão, nada pode se comparar a mais simples obra da criação de Deus, como por exemplo, os lírios do campo. (1 Reis 10.4-7
- Mat. 6. 12.42; 28-29; Lc 11.31; 12.27).
A Importância de Salomão para nossa Vida
1. Podemos considerar prudente a escolha que Salomão fez, quando Deus lhe perguntou num sonho, o que ele desejaria ter. Sua resposta foi pedir a Deus sabedoria. Talvez, se nos colocássemos no lugar de Salomão, será que pediríamos a Deus somente um coração compreensivo para poder julgar o grande povo, colocado sob nosso comando ou será pediríamos coisas materiais fúteis e supérfluas. O exemplo de Salomão deve falar fundo para nossas vidas, pois seu pedido alegrou a Deus; tanto que além da sabedoria, Deus lhe deu riquezas, glória e prosperidade.
2. Mais importante, porém, do que a sabedoria humana deve ser a sabedoria espiritual. O conhecimento das coisas divinas e a comunhão com Deus são a base para uma vida abençoada. Nesse sentido Salomão, infelizmente, não deu um bom exemplo para nós. Envolvido por paixões carnais, deixou-se levar por adorações a falsos deuses, e consequentemente, se afastou de Deus. De que lhe adiantou toda sua glória, todo seu poder e sabedoria, se não teve discernimento suficiente para não abandonar o seu Deus. Devemos ter cuidado com aquilo que o mundo parece nos dar, como fossem presente maravilhosos; pois vale mais levar uma vida humilde, na presença de Deus que viver com luxo e glória longe de sua presença.
3. Um outro ponto positivo na história de Salomão é o fato dele ter construído o templo de Jerusalém. Ora, esta tarefa foi uma ordem direta de Deus e simbolizava sua presença entre o seu povo. Salomão fez desta tarefa o empreendimento de sua vida. Sua dedicação em obedecer a ordem de Deus, primeiro dada a seu pai Davi, representa uma lição para nós, pois devemos sempre fazer a vontade de Deus.
4. Um outro aspecto que poderíamos ressaltar é que sua sabedoria testificava a grandeza de seu Deus, conforme as palavras da rainha de Sabá: "Bendito seja o Senhor, teu Deus, que se agradou de ti para te colocar no trono de Israel: é porque o Senhor ama a Israel para sempre, que te constituiu rei, para executares juízo e justiça." (1Rs 10.9).
JTC
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