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Aprofundamento da crise líbia
Há relatos de armas químicas sendo usadas, quando os combates são ferozes perto de Bani Walid, LíbiaLÍBIA - Forças pró-governo forças enfrentam nesta sexta-feira combatentes em uma antiga fortaleza do ditador Muammar Gaddafi pelo terceiro dia consecutivo, disse o porta-voz chefe do exército líbio de pessoal, , depois de negociações para pôr fim ao impasse que se quebrou . Violência deflagrou periodicamente ao longo do ano passado, em Bani Walid, a cidade mais importante da Líbia ainda resistindo as novas autoridades do país desde o fim da guerra civil no país, no ano passado. Combatentes da milícia pró-governo Escudo Líbia cercaram a cidade, cerca de 140 quilômetros (90 milhas) a sudeste de Trípoli, durante várias semanas, culpando residentes para a morte de um conhecido rebelde anti-Kadafi.Na quarta-feira, eles lançaram um morteiro e barragem de artilharia na cidade, seguido de um ataque terrestre, dizendo que as negociações para entregar os suspeitos do assassinato tinha falhado. Um dia depois, o Ministério da Defesa da Líbia implantado forças militares para a cidade. Pelo menos sete pessoas foram mortas e 80 feridos.
O general Ali al-Shekhli disse aos anciãos da cidade e líderes tribais que prometeram entregar homens acusados de assassinatos durante e após a guerra civil da Líbia para o exército nacional, em vez de forças de milícia que assediavam a cidade durante semanas.Combates de sexta-feira vem na véspera do aniversário da captura de Kadafi e matar no ano passado, que pôs fim a uma guerra de oito meses civil que matou milhares de pessoas. Desde o final do conflito, Bani Walid mudou de mãos duas vezes. Rebeldes captularam em outubro passado, no final da guerra, mas combatentes leais a Kadafi pouco depois levantaram-se e expulsara-os, juntamente com moradores pró-revolução.
Houve um impasse desconfortável que terminou quando Omran Shaaban, um rebelde saudado como o lutador que matou Kadafi, teria sido seqüestrado, torturado e morto por moradores de Bani Walid. Com seu rapto, tensões contidas transbordaram e milícias pró-governo implantaram-se nos arredores de Bani Walid, impondo um cerco e ameaça de golpe pela força. Shaaban é da cidade vizinha de Misrata, que tem estado em desacordo com Bani Walid por décadas.Milícia poderosa e fortemente armada de Misrata foi um dos primeiros a impor o cerco, o que alimentou os temores em Bani Walid de ataques de vingança.
UNDA Situação LíbiaLembram-se da Líbia, aquele País que foi atacado e invadido pelas forças democráticas à sombra da bandeira da Nato (que não por acaso é uma organização militar defensiva)?
Ora bem, passado mais do que um ano após a "libertação", a Líbia encontra-se num estado que metaforicamente podemos definir como "confuso".
Já o facto de não ter implodido é sinal que afinal os milagres acontecem. Pena que, além disso, não haja muito mais.
Durante cerca de um mês, as tropas governamentais do Conselho Nacional Geral (CNG) atacaram Bani Walid, uma vez tranquila localidade a cerca de 150 quilómetros sul-oeste de Tripoli, e nas últimas horas parecem ter conseguido o controle.
Dizemos "parece" porque a informação é fragmentaria e bastante manipulada desde o início da história. Esta longa batalha tem sido justificada pela necessidade de "limpar" a área dos fiéis do Coronel Kadhafi.
Algo, todavia, não bate bem.
A inesperada nomeação de Ali Zeidan qual novo Primeiro Ministro, há pouco mais duma semana, oferece diversas interpretações.
A mais básica é que a Líbia ainda encontra-se numa estado de grande instabilidade. O que não é uma grande notícia. Mais interessante é saber quem é, por exemplo, o filho de Ali Zeidan, cujo nome é Zeidan Ali Zeidan (na família parecem existir dificuldades em encontrar novos nomes).
Zeidan Ali Zeidan, de 29 anos, vive em Garchling, perto de Mónaco de Baviera, é um habilidos homem de negócios e está em excelentes relacionamentos com o governo em Berlim: desde o início da "Primavera Líbia" fornece apoio logístico para a facção anti-Khadafi e também meios de comunicação através da Libyschen Gesellschaft, a associação dos líbios que vivem na Alemanha.
Tudo isso não deve surpreender pois a família Zeidan sempre frequentou os palácios da política: Ali Zeidan, o pai, era diplomata e advogado numa organização sediada na Suíça, o National Front for the Salvation of Libya (Frente Nacional de Salvação da Líbia, NFSL), financiado pela Arábia Saudita e pela americana CIA. E, como refere a BBC, parece ter desenvolvido um importante papel como conselheiro do ex presidente francês Sarkosy.
A Alemanha penetrou nas salas do governo líbio? Bem provável.
Agora um passo atrás: a batalha de Bani Walid esconde uma questão não resolvida, a inimizade entre a tribo Ourfella e o distrito de Misurata (pois Bani Walid pertence ao mesmo distrito). A entrada no governo de Ali Zeidan levou aos novos ataques contra Bani Walid.
Mas qual a ligação entre Ali Zeidan e a tribo?
Ali Zeidan deve escolher se aliar-se com a ANF (a Aliança das Forças Nacionais), liderada por Mahmoud Jibril (da tribo Orfella) ou com a Irmandade Muçulmana (por trás da qual há Washington), que é a alma de Misurata e das operações contra Bani Walid.
As tropas que atacaram Bani Walid foram em grande parte controladas por Salem Al Dabnoun Wa'er, que conta com o apoio das tribos Oursheffana e Jmil. Salem Al Dabnoun Wa'er tem vivido exilado nos Estados Unidos após uma tentativa falhada para derrubar o Coronel Khadafi em 1993. Não admira, portanto, que este ex-exilado decidiu aliar-se com Abdul Rahman Al Swehli e Hassan, da Irmandade Muçulmana.
Confuso, não é? Pois. O facto é que cada tribo pretende ter uma presença significativamente influente no governo de Ali Zeidan; será portanto difícil encontrar elementos para formar o novo executivo. E surge a ideia dum "governo técnico".
Tudo isso enquanto a guerra oficialmente acabou há mais de um ano.
Mas isso importa até um certo ponto. O que conta são outros dados. Por exemplo: a produção petrolífera voltou aos níveis do tempo do Coronel. Como afirma o Ministro do Petróleo, Abdelrahman ben Yeza:
Num ano, desde Outubro de 2011, a média é de 1.4 milhões de barris por dia, às vezes até 1.6 milhões.[...] A retoma foi possível graças ao regresso das principais empresas petrolíferas ocidentais: Eni, Total, Repsol, Wintershall e Occidental.
Eni (Italia), Total (França), Repsol (Espanha), Wintershall (propriedade da BASF, Alemanha) e Occidental (Estados Unidos). E petróleo líbio. Isso enquanto um terço dos Líbios vive abaixo do limiar da pobreza.
Pormenores.
Informação Incorreta
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