O mês passado foi o junho mais quente da história moderna, marcando o 14º mês consecutivo de temperaturas recordes em todo o planeta, segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).
“A temperatura média global em terra e na superfície do mar quebrou todos os recordes de calor registrados desde 1880”, revelou o relatório mensal da entidade. A temperatura média combinada da superfície terrestre e oceânica ficou 0,9 grau Celsius acima da média de 15,5 graus no século XX.
A NOAA informou que dos últimos quinze picos de calor registrados, quatorze ocorreram a partir de fevereiro de 2015, o que comprova a aceleração do aquecimento global. Se 2014 já havia sido extraordinariamente quente, 2015 foi pior. Porém, 2016 promete quebrar todos os recordes de calor médio global. O que mostra que pouco está sendo feito para frear, mesmo que de maneira modesta, o aquecimento global.
Aquecimento rápido, reação lenta
Apesar da celebrada convenção da ONU sobre a mudança do clima, realizada em dezembro de 2015, até agora somente 19 países ratificaram o Acordo de Paris, que estabelece medidas de redução de emissão de dióxido de carbono a partir de 2020.
Para entrar em vigor, o Acordo, assinado por 175 países, precisa ser ratificado pelos governos de pelo menos 55 países, que juntos produzem 55% dos gases de efeito estufa.
No dia 21 de setembro, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, organizará, paralelamente à Assembleia Geral da entidade, uma reunião para pressionar os países que ainda não ratificaram o acordo sobre o clima.
“A reunião proporcionará a oportunidade para que muitos países deem o primeiro passo, de modo que o acordo possa entrar em vigor tão logo quanto possível”, declarou a mexicana Patrícia Espinosa, nova secretária para a Mudança do Clima das Nações Unidas.
O Acordo de Paris sugere um teto para o aquecimento global, que não passe de 2 graus Celsius acima da temperatura média do globo terrestre antes da Era Industrial. (Com RFI)
FONTE: UCHO.INFO