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Arábia Saudita ameaça simpatizantes do Hezbollah com sanções
Riad, 14 mar (Prensa Latina) O ministério do Interior da Arábia Saudita ameaçou hoje aplicar sanções a nacionais e estrangeiros residentes aqui que manifestem simpatia ou colaborem com o movimento libanês Hezbollah, ao qual recentemente qualificou de organização terrorista.
Fontes da referida dependência governamental declararam à agência de notícias SPA que o castigo será para "todo cidadão ou residente que mostre apoio ou filiação ao chamado Hezbollah, ou inclusive simpatize, promova ou faça doações à organização ou se comunique com esta".Os que forem julgados culpados de algum tipo de vínculo com o grupo líder da Resistência xiita no Líbano "enfrentariam penas severas" que incluem delitos de terrorismo e seu financiamento, além da expulsão de qualquer residente por tais ações, acrescentou a ordem institucional.
O reino wahabita cortou no início de março uma ajuda de quase quatro bilhões de dólares para dotar de armas e equipamentos o Exército e as forças de segurança libanesas, depois de Bassil rechaçar uma condenação explícita a Teerã em reuniões ministeriais árabes e islâmicas.
Antes, sancionou três pessoas e quatro empresas vinculadas com o Hezbollah, e há duas semanas o Conselho de Cooperação do Golfo, a instância saudita, qualificou esse movimento como organização terrorista.
O Conselho da Liga Árabe (LA) condenou o que descreveu como "pronunciamentos provocativos e hostis" das autoridades iranianas contra os países árabes e pediu que Teerã detivesse esses comentários e os qualificou de "campanha mediática anti-árabe".
Segundo a declaração, esses atos são interferências flagrantes nos assuntos internos destes estados e incentivam disputas sectárias, apoios a grupos que alentam essas disputas em países árabes do Golfo Pérsico.
No sábado, o ministro libanês de Relações Exteriores, Gebran Bassil, qualificou de inaceitável que se chame o Hezbollah de terrorista, e afirmou que a decisão da LA não esteve em sintonia com seu tratado para lutar contra o mal do terrorismo, daí a abstenção do Líbano e do Iraque.
Prensa Latina
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