Argentina negocia caças JF-17 sem mísseis antinavio (questão de doutrina, diz a FAA…)
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Argentina negocia caças JF-17 sem mísseis antinavio (questão de doutrina, diz a FAA…)


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JF-17 e seu armamento em exposição estática

Roberto Lopes
Editor de Opinião da Revista Forças de Defesa
O Estado-Maior da Força Aérea Argentina (FAA) não exigirá que os caças sino-paquistaneses JF-17 que venha a comprar tenham a capacidade de disparar mísseis antinavio.
A informação foi obtida pelo Poder Aéreo junto a uma fonte do Congresso argentino próxima aos oficiais incumbidos de negociar a aquisição das aeronaves. A explicação para essa decisão é que ela obedece a uma postura doutrinária da FAA, relativa ao emprego do seu componente de combate. Posição que visa, inclusive (ou especialmente), evitar um desconforto para o Comando Aeronaval da Marinha local.
De qualquer forma, a opção dos brigadeiros argentinos representa um aceno diplomático às autoridades britânicas, que temem que a compra de caças pelo governo de Buenos Aires signifique uma ameaça ao tráfego marítimo ao redor do território ultramarino das Ilhas Falkland – chamadas de Malvinas pelos argentinos.
Probe - O comando da FAA concluiu que a oferta de caças sino-paquistaneses JF-17 Block II é superior às propostas feitas pelo governo francês (caças Mirage 2000), pelo governo espanhol (caças Mirage F.1) e pela IAI (caças Kfir modernizados).
Os argentinos tentarão, inclusive, que sua corporação receba três exemplares do JF-17 Block I ainda este ano, mesmo que essas aeronaves sejam entregues desprovidas, entre outros equipamentos, da lança para reabastecimento (probe) – componente que poderia ser instalado mais tarde, em território argentino.
JF-17 Block 2 - 1
JF-17 Block II com o probe de reabastecimento

No capítulo das exigências, os chefes da Força Aérea Argentina apresentaram a de que seus caças Block II possam receber aviônicos e/ou sistemas de armas de países não-asiáticos que ainda exportam produtos de alta tecnologia para as Forças Armadas argentinas com certa liberalidade, como Israel.
Equador - Há bem pouca coisa decidida, até aqui, sobre a aquisição dos JF-17, além da decisão de comprá-los o mais rápido possível, e de forma a que eles possam receber componentes da indústria bélica israelense.
Permanecem indefinidos, por exemplo, itens de importância capital, como quantidade e valor unitário.
O pagamento das aeronaves deve ser feito por meio de quitações semestrais em um prazo de 10 a 15 anos – indefinição que impede a fixação da taxa de juros.
Diferentemente do que foi noticiado, não se recorrerá a um esquema de cancelamento do débito por meio da entrega de commodities, e sim por meio de um financiamento de 90% do custo total da operação comercial em condições significativamente facilitadas.
JF-17 MK2 - 2
Radar principal do JF-17 Block II

Uma eventual participação da Fábrica de Aviões Brigadeiro San Martín (FAdeA) na montagem de caças em território argentino depende da possibilidade de os fabricantes da aeronave conseguirem outros clientes na América do Sul.
Os argentinos sugeriram que os chineses façam uma tentativa junto à Força Aérea Equatoriana (que, quatro anos atrás, começou a receber uma dúzia de caças sul-africanos Atlas Chetaah, modernizados).
Outra questão que parece superada é a relativa ao temor de alguns oficiais acerca de uma aeronave que não dispõe de versão biplace.
Nás últimas semanas, os militares argentinos elencaram uma lista de aeronaves de combate que foram compradas sem a versão de instrução: os caças Sabre, A-4B e A-4C, todos de procedência americana.
Vale lembrar que os caças-bombardeiros Super Etendard importados pela Marinha argentina a partir de 1981 também eram todos de um só assento.
Poder Aéreo



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