Argentinos exigem a renúncia de Mauricio Macri pelos cortes sociais e suas empresas fantasmas
População argentina se organiza pelas redes sociais e promovem a primeira manifestação com panelaço na Praça de Maio, exigindo a renúncia de Mauricio Macri. A mídia corporativa não conseguiu abafar a manifestação e foi obrigada a noticiar.
O La Nación publica: “Pedem a renúncia de Mauricio Macri na Praça de Maio”
(07-04-2016) A investigação dos Panamá Papers e a posterior revelação das contas offshore de Mauricio Macri no país caribenho gerou indignação em alguns setores da sociedade. Através das redes sociais, se convocou a uma marcha na Praça de Maio para exigir a renúncia do Presidente. Uma multidão está presente em frente a Casa Rosada com bandeiras e cartazes contra o mandatário argentino. […]
O Clarín também divulgou a manifestação com o seguinte título: “Manifestantes protestaram contra Macri na Praça de Maio“.
(07-04-2016) Centenas de pessoas protestaram contra Mauricio Macri na Praça de Maio nas últimas horas da tarde e a noite, no devido ao processo contra o Presidente pelos Panamá Papers. Também houve reclamos na cidade de Mar del Plata.
Se tratou de grupos autoconvocados pelas redes sob o lema “7A pelo Julgamento Político a Macri”, que se mobilizou em protesto contra o mandatário, a quém lhe reclamavam que “renuncie”. O evento no Facebook anunciava: “Na quinta-feira 7 de abril nos mobilizamos à praça do Povo, como em todas as praças do país, para exigir todos juntos o julgamento político ao evasor Mauricio Macri”.
As primeiras imagens e vídeos começaram a transmitir-se pela rede social Twitter. “Mauricio decime qué se siente lavar la plata en Panamá”, se ouvia cantar a manifestantes na Praça de Maio. Também havia cartazes de “Macri corrupto” e “Fora Macri” e críticas pelos aumentos das tarifas. […]
As últimas medidas neoliberais de Macri contra a população argentina incluem a diminuição da quantidade de medicamentos para os aposentados que tinham cobertura do governo.
Esta é a lista de medicamentos que o PAMI eliminou o 100% de cobertura. Há antibióticos, medicamentos para a pressão arterial, anticoagulantes, entre otros.
Houve também o aumento de todas as tarifas, o gás aumentou 300%, a água 500%, o transporte 150%, telefone 186%, a gasolina 6% e o monotributo 20%.
Enquanto Macri aumenta a quantidade de pobres no país, 1,4 milhão em 3 meses de mandato,utiliza o cargo para acabar com as empresas estatais e beneficiar as empresas de sua família, como a MacAir. Além de aumentar a sua fortuna pessoal e a de sua família, o Grupo Macri,deixa em evidência sua amizade com bilionários britânicos que usurpam terras na Patagônia argentina, que é o caso de Joe Lewis.
Todos os obscuros negócios de Mauricio Macri começam a ser revelados ao público, o que gera a revolta popular e ações de juristas para colocá-lo no banco dos réus e iniciar o processo de impeachment.
Como informado pelos jornais, os protestos foram autoconvocados, não controlados por um partido político em específico, mas uma organização espontânea de um povo que está sendo massacrado para beneficiar a abutres financeiros como Paul Singer, Mark Brodsky e toda a banca sionista como o JP Morgan, Goldman Sachs, Deustsche Bank, entre outros. Todos bancos privados do círculo Rothschild e Rockefeller.
Nesta entrevista com a escritoria Gabriela Cerruti, autora do livro “El Pibe” (O Rapaz), o leitor poderá conhecer mais detalhes sobre os antecedentes criminais de Mauricio Macri.
Um dos processos mais famosos é o caso Sevel em 2001, quando Macri foi processado por sonegação de impostos e contrabando de autopeças. Deveria estar preso, mas foi absolvido por uma corte menemista.
E o último processo criminal contra Macri, aberto pela própria Cerruti, foi por falsificação de documento, mais especificamente sua declaração jurada de bens do ano de 2014. Os valores dos bens declarados e dinheiro em contas bancárias não coincidiam com a realidade.
El Pibe – Negócios, intrigas e segredos de Mauricio Macri, o homem que quer ser presidente.
A previsão de uma explosão social feita no artigo sobre a agenda anglo-sionista de Macri para a Argentina e América do Sul começa a ficar evidente e se repete o mesmo cenário de 2001, quando Fernando De La Rúa renunciou ao cargo fugindo de helicóptero da Casa Rosada. Os motivos foram a forte recessão, cortes sociais e culminando com o corralito, beneficiando os banqueiros. Macri segue a mesma agenda, a diferença é que este presidente já é milionário e fez fortuna com empresas de fachada em paraísos fiscais, sonegação de impostos e lavagem de dinheiro, conforme revelam os papéis de Panamá.
Tanto em 2001 quanto em 2016 os protestos foram autoconvocados, sem liderança partidária ou de sindicatos e isto demonstra que um povo unido e organizado pode mudar seu destino. O erro de 2001 foi permitir que os mesmos corruptos do governo anterior continuassem assumindo cargos nos governos posteriores.
Seguiremos acompanhando os protestos contra Macri na Argentina e as últimas notícias sobre o Panamá Papers.
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