CEO da Boeing diz que chances do Super Hornet não são afetadas pelo escândalo de espionagem
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CEO da Boeing diz que chances do Super Hornet não são afetadas pelo escândalo de espionagem


As chances da Boeing vencer o programa F-X2, avaliado em US$4 bilhões não devem ser afetadas pelas alegações de que os Estados Unidos espionaram a presidente Dilma Russeff, informou o principal executivo da empresa nesta terça-feira.

O F/A-18 Super Hornet concorre com o Dassault Rafale e com o Saab Gripen em uma disputa que envolve 36 caças.

“Acredito que a decisão pelo caça será tomada com base em seus próprios méritos”, disse Dennis Muilenburg, presidente e CEO da Boeing Defense, Space and Security, à Reuters em Washington.

“Se você desconsiderar a situação atual e olhar para as tendências, verá que o relacionamento entre nossos países continua a ganhar força e ímpeto”, disse ele.

Um programa de notícias do Brasil informou no domingo que a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA espionou os e-mails, telefonemas e mensagens de texto da presidente brasileira Dilma Rousseff e do presidente do México, Enrique Peña Nieto, uma revelação que poderia prejudicar as relações de Washington com as duas maiores nações da América Latina.

Este incidente ocorre depois que o jornal brasileiro O Globo publicou em julho que documentos vazados pelo ex-funcionário da NSA, Edward Snowden, revelaram a espionagem dos EUA em vários países latino-americanos, incluindo o Brasil.

A presidente Rousseff ainda está agendada para fazer uma visita de Estado à Casa Branca, em outubro.

“Temos uma grande confiança de que podemos cumprir nossos compromissos e fazer isso com nossos parceiros industriais no Brasil”, disse Muilenburg, acrescentando que a decisão ainda pode acontecer este ano, apesar das indicações contrárias.

Uma alta fonte do governo do Brasil disse à Reuters em agosto que o escândalo de espionagem tinha minado a confiança do país nos Estados Unidos, e poderia afetar negativamente a decisão dos caças.

Muilenburg disse que a Boeing, focada na expansão dos seus laços com o Brasil, incluindo um acordo de cooperação com a Embraer, estava mantendo um olhar atento sobre a situação.

O Brasil reduziu o seu orçamento de defesa em US$ 1.55 bilhão (3,7 bilhões de reais) em maio e outros 386 milhões dólares (920 milhões de reais) em julho. Protestos maciços abalaram o Brasil em junho, impulsionada pelo ira pública sobre os gastos e a corrupção do governo.

O Brasil vem discutindo a substituição de sua frota de jatos de combate por mais de uma década. Rousseff parecia estar inclinada pelo caça da Boeing no início deste ano, depois da Força Aérea dos EUA comprar 20 aviões de ataque leve da Embraer para uso no Afeganistão.

FONTE/FOTO: Reuters (tradução e edição do Poder Aéreo a partir do original em inglês)/AP



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