Como pode ser resolvido problema da falta de água na Crimeia?
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Como pode ser resolvido problema da falta de água na Crimeia?


A entrada da Crimeia na composição da Rússia revelou muitos problemas que não foram resolvidos no período de a península fazer parte do Estado ucraniano.

Em 23 anos da independência, Kiev nem tentou normalizar o abastecimento de água à península, enquanto o único canal da Crimeia do Norte, construído ainda nos tempos da União Soviética, há muito que não respondia a quaisquer normas. As autoridades russas prometem emendar esta situação. Os melhores engenheiros do país participarão da solução de problemas hídricos da Crimeia.

As falhas de abastecimento de água na Crimeia começaram no fim de abril, quando as autoridades em função em Kiev reduziram em várias vezes a entrada de água no canal da Crimeia do Norte, vingando-se dos habitantes da península que decidiram aderir à Rússia. Mas o problema do abastecimento de água à Crimeia está ligado também à decadência da estrutura. Em vinte anos, o governo ucraniano levou todos os sistemas de engenharia do canal a um estado deplorável.

Em geral, a Crimeia sempre sofreu com problemas de água, sobretudo na parte de planícies da península, onde chuvas são raras no período estival. Muitas fontes locais estão secando já em meados de verão. Este problema atraiu atenção ainda no meio do século passado. Na altura, foi decidido construir o canal da Crimeia do Norte que poderia levar águas do rio Dniepre à península, transformando secas terras de estepe num oásis abundante.

Foi de fato uma obra do século, lembra o antigo ministro da Economia Hídrica da URSS, Polad Polad-Zade, que supervisionava a construção do canal:

“A maior parte da Crimeia era praticamente um deserto, onde não crescia nada e não havia água. O escritor russo (Anton) Tchekhov comparava o centro e o norte da Crimeia com tundra. Foi tomada a decisão de construir um canal a partir do Dniepre. A decisão surgiu após ter sido construída a Central Hidroelétrica de Kakhovka e criado o reservatório de Kakhovka no Dniepre. Apareceu a possibilidade de controlar águas do rio e utilizá-las para a irrigação. Foi construído um canal de 406 km de extensão que atravessa toda a península do noroeste ao sudeste, superando elevações com a ajuda de quatro estações de bombas e garantindo a irrigação de quase 400 mil hectares. Essas terras desérticas transformaram-se num paraíso florido, produzindo em abundância frutas e hortaliças, milho, trigo e arroz”.

O canal satisfazia até 85% das necessidades da Crimeia em água potável. Mas, nos últimos 23 anos, a Ucrânia não investiu nada na reparação da obra. Em resultado, o canal tornou-se imprestável. As fugas de água alcançaram 50% e a própria água ficou perigosa para a saúde. O teor de compostos cancerígenos de cloro superava em 3-4 vezes a concentração admitida pela OMS. A continuação do aproveitamento do canal levaria a uma catástrofe ecológica.

A envergadura do problema foi avaliada pelas autoridades russas. Após a entrada da Crimeia na composição da Rússia, o Ministério dos Recursos Naturais começou imediatamente a elaborar um plano de medidas para abastecer água potável à península, prevendo, em particular, construir um reservatório, tomadas de água e estações de bombas, reparar e construir condutos de água.

O plano de medidas supõe também a passagem para uma agricultura mais racional e a irrigação por gotas, aponta Valeri Zyryanov, especialistas em hidrodinâmica da Academia de Ciências da Rússia:

“A irrigação por gotas é sempre eficaz por não ser tão dispendiosa como uma regadura simples. É necessário desenvolver várias tecnologias. Primeiro, devemos tentar canalizar água da região de Kuban e, segundo, perfurar poços no local. Para resolver o problema, devemos também montar instalações para dessalgar água”.

As autoridades da Crimeia propuseram também abrir poços conservados por geólogos ainda nos tempos da União Soviética e perfurar novos. Segundo estimativas de cientistas, fontes subterrâneas da Crimeia podem fornecer mais de um milhão de metros cúbicos de água por dias. Essa quantidade deve ser suficiente para abastecer água às regiões mais problemáticas da península – as cidades de Feodosia, Sudak e Kerch e o sudeste da Crimeia.

Voz da Rússia



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