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compra do Rafale será governo a governo
‘UM CARRO NÃO PODE TRAFEGAR EM DUAS ESTRADAS’, DISSE O MINISTRO DA DEFESA MANOHAR PARRIKAR SOBRE A PREFERÊNCIA DE CONVERSAS DIRETAS COM O GOVERNO FRANCÊS PARA ‘QUEBRAR O REDEMOINHO’ DA NEGOCIAÇÃO DO PROGRAMA MMRCA COM A DASSAULT. CERCA DE 20 PACTOS EM ENERGIA NUCLEAR, ESPAÇO E OUTROS TEMAS FORAM ASSINADOS NA VISITA DO PRIMEIRO MINISTRO NARENDRA MODI À FRANÇA
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Notícia publicada pela agência Reuters e replicada no jornal Times of India nesta segunda-feira, 13 de abril, traz declarações importantes do ministro da Defesa da Índia, Manohar Parrikar, sobre a decisão anunciada pelo primeiro ministro indiano, Narendra Modi, de adquirir 36 caças franceses Dassault Rafale num acordo governo a governo. Parrikar afirmou que qualquer futura aquisição de caças Rafale será por meio de negociações diretas com o Governo Francês.
A declaração, segundo a agência, coloca em questão as negociações comerciais em andamento com a fabricante Dassault para a compra de 126 caças Rafale. Vale relembrar que 108 deles seriam produzidos na Índia pela estatal HAL (Hindustan Aeronautics Ltd), com transferência de tecnologia e conteúdo nacional crescente, dentro do chamado programa MMRCA (avião de combate multitarefa de porte médio), no qual a proposta da Dassault foi selecionada para negociações exclusivas frente a outras cinco ofertas de fabricantes internacionais.
O anúncio de que a Índia vai adquirir 36 caças Dassault Rafale “prontos para voar”, ou seja, fornecidos pelo fabricante original na chamada “compra de prateleira”, foi feito pelo primeiro ministro Modi na sexta-feira, durante visita de estado à França, quando também se tratou de diversos acordos estratégicos com os franceses, em especial na área de energia nuclear.
O ministro da Defesa Manohar Parrikar, ainda segundo a Reuters, afirmou que a decisão de Narendra Modi veio após a negociação comercial com a Dassault para os 126 caças entrar num “redemoinho”, mas interrompeu sua declaração antes de dizer se o Governo Indiano deixou de lado ou não a negociação desse grande contrato com a empresa francesa, que é estimado em 20 bilhões de dólares. Parrikar disse que “isso precisava ser feito para quebrar o redemoinho”, acrescentando que o método de preferência, agora, será conversar diretamente com o Governo Francês. Por fim, ele disse a repórteres: “Um carro não pode trafegar em duas estradas”.
Modi assina cerca de 20 pactos e agradece à França – Apesar da decisão de adquirir 36 caças Rafale “de prateleira” ser uma das mais impactantes notícias da visita de três dias do primeiro ministro Narendra Modi à França, outras importantes decisões foram tomadas. O jornal indiano Business Standard resumiu algumas delas, que justificariam declarações via Tweeter dadas por Modi na sua saída da França, rumo à Alemanha: “Obrigado, França! Áreas substanciais foram cobertas durante minha visita. Obrigado ao Governo Francês e seu povo. Sempre prezaremos o entusiasmo”. Após a Alemanha, Modi irá ao Canadá.
A França e a Índia teriam elevado seus laços estratégicos a um novo nível, com as decisões de comprar 36 caças e de seguir em frente com o acordo das usinas nucleares de Jaitapur, o qual também estava emperrado. O tema da visita foi a política “Make in India” (fabrique na Índia), e os dois lados assinaram cerca de 20 pactos, cobrindo áreas como energia nuclear, desenvolvimento urbano, ferrovias e espaço. A França se comprometeu a investir 2 bilhões de euros em desenvolvimento sustentável na Índia e, após conversas com o presidente francês François Hollande, Modi afirmou que estava confiante de que a parceria estratégica com a França subiria para um novo patamar.
O primeiro ministro indiano também visitou as instalações do fabricante de aviões Airbus, que anunciou sua decisão de ampliar a terceirização de seus serviços para a Índia, partindo do atual valor de 400 milhões de euros para 2 bilhões ao longo dos próximos cinco anos. A Airbus também expressou grande interesse em fabricar em território indiano, dentro da política “Make in India”.
FOTOS (em caráter meramente ilustrativo): Ministério da Defesa da França
Poder Aéreo
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