Cunha ficou com 80% da propina de corrupção com o FGTS do brasileiro
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Cunha ficou com 80% da propina de corrupção com o FGTS do brasileiro


O ex-vice-presidente da Caixa Fabio Cleto afirmou em sua delação premiada que teve reuniões semanais com o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) durante quatro anos para tratar de um esquema de propina envolvendo o FI-FGTS e que o parlamentar embolsou 80% dos recursos desviados. Sua delação deu origem à operação Sépsis, deflagrada nesta sexta-feira (1).

Os encontros teriam ocorrido no apartamento funcional de Cunha e depois na residência oficial da Presidência da Câmara, quando o peemedebista assumiu o comando da Casa em fevereiro de 2015.

Cunha e Cleto foram denunciados pela Procuradoria ao STF pelo esquema na Caixa. Também foram alvos o corretor de valores Lúcio Funaro – preso nesta sexta – o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Alexandre Margotto, assessor de Funaro.

Além dos dois, o esquema envolvia o corretor de valores Lucio Bolonha Funaro e seu assessor Alexandre Margotto. Segundo a Procuradoria-Geral da República, "do valor total da propina informada, a divisão era a seguinte: 80% para Eduardo Cunha, 12% para Funaro, 4% para Cleto e 4% para Margotto."

A PF cumpriu nesta sexta-feira 19 mandados de busca e apreensão, sendo 12 em São Paulo. A ação é autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, relator da Lava Jato na corte. A delação de Cleto é a base desse braço da investigação.

Ele afirma que a Eldorado Brasil Celulose, do grupo J&F, controlador da JBS, pagou a ele R$ 680 mil em propina.

Também disse que cobrou vantagem indevida de uma série de empresas que apresentavam projetos no âmbito de sua vice-presidência.

"Nas reuniões, Cleto, violando dever de sigilo funcional, passava a Eduardo Cunha todos os projetos que estavam em tramitação dentro da área do FI-FGTS e da Carteira Administrada assim como o estágio em que se encontravam. Cleto tinha acesso às informações porque recebia a pauta do que seria levado a votação com duas semanas de antecedência à reunião. Tais fatos deveriam permanecer em sigilo", escreveu o procurador-geral da República Rodrigo Janot.

"Eduardo Cunha ou Funaro passavam a Fábio Cleto qual deveria ser a sua posição na votação de cada projeto, se favorável, contrária ou neutra no processo de aprovação. Por vezes, Eduardo Cunha respondia imediatamente, mas em outras situações pesquisava a empresa, entrava em contato com seus representantes e posteriormente dava a ordem a Cleto. Também ocorria de haver pedido de protelação do projeto, por exemplo com pedido de vista. De toda sorte, após aprovadas as operações, Eduardo Cunha ou Funaro confirmavam a Fábio Cleto se havia sido cobrada propina e qual valor. Além dos encontros semanais, Cleto conversava com Eduardo Cunha via BlackBerry Messenger (BBM)", completou.

PAGAMENTOS NA SUÍÇA
Cleto afirmou aos investigadores que tinha contatos estritamente técnicos e não havia abertura para falar de propina. Segundo ele, cabia a Funaro e Eduardo Cunha solicitar e receber a propina. "A divisão dessa tarefa entre Eduardo Cunha e Lúcio Bolonha Funaro dependia da relação com a empresa: o mais próximo solicitava e recebia a propina."

Inicialmente, Cleto abriu uma conta na Suíça, em nome da offshore Lastal. Em verdade, foram três as contas da ofjslwre Lastal utilizadas para o recebimento de propina por Fábio Cleto. A primeira foi aberta na Suíça, no Banco Julius Bar. Fábio Cleto era o beneficiário (Benificial Owner) da referida conta. A offshore Lastal foi aberta em Belize, conhecido paraíso fiscal.

No final de 2013, Fábio Cleto fechou a conta da Lastal. Na sequência, abriu duas novas contas a primeira no banco Heritage, na Suíça, e a outra no Uruguai, na Corretora Victor Paulier. Os recursos da conta do Julius Bar foram transferidos para o Uruguai e os novos depósitos feitos pela construtora Carioca Engenharia foram na conta da Lastal, no Banco Heritage, na Suíça, a partir de junho de 2014.




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