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O primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, em entrevista ao canal RT partilhou de suas idéias sobre a operação para forçar a paz no Cáucaso, em agosto de 2008, e sobre os acontecimentos dos últimos anos no Oriente Médio.
Em 2008, Medvedev ocupava o cargo de presidente e, depois do ataque de tropas georgianas contra os moradores da Ossétia do Sul e pacificadores russos, deu ordem de iniciar a operação, que durou 5 dias. Depois disto, a Rússia reconheceu a independência da Ossétia do Sul e da Abkházia.
"Esta não foi guerra entre Estados e muito menos guerra entre o povo da Rússia e o povo georgiano", declarou Medvedev. A operação teve "objetivos absolutamente locais". "Nós devíamos desarmar o inimigo em tal grau para que ele deixasse de exterminar pessoas. Este foi o principal objetivo", disse o primeiro-ministro, lembrando que, em 2008, 80% dos habitantes da Ossétia do Sul eram cidadãos russos.
"Nós inicialmente não tínhamos o objetivo de mudar o regime, mesmo apesar de o senhor Saakashvili, por motivos compreensíveis, ser para mim e meus colegas uma pessoa absolutamente não amistosa. E eu considero que ele é um criminoso de guerra. No entanto, nós considerávamos e consideramos que o próprio povo deve se entender com seus governantes", salientou Medvedev.
"Eu nunca dei, como comandante em chefe supremo, a ordem de entrar em Tbilissi, substituir o regime político lá e executar Saakashvili. Porque nós não estávamos em guerra com a Geórgia", lembrou o primeiro-ministro.
Dmitri Medvedev também expressou a certeza de que nas relações da Rússia e Geórgia, com o tempo, tudo se resolverá:
"Estou certo de que tudo será normal. Nossos povos não brigaram. Este conflito, naturalmente, não ajuda a compreensão mútua, mas este não é um conflito profundo de povos, isto, infelizmente é um erro, que se transformou em crime de parte de certos dirigentes do país".
Na entrevista também trataram de acontecimentos no Oriente Médio, Dmitri Medvedev comparou as ações de alguns países ocidentais nessa região com a conduta de um elefante numa loja de louças: quebra tudo e depois não sabe o que fazer. O primeiro-ministro concordou com a opinião do correspondente de que o Ocidente com frequência empurra povos inteiros para um ponto sem retorno, quando as partes em conflito não podem ser levadas de modo algum para a mesa de conversações.
"Eu às vezes me surpreendo com seus analistas e com a descoordenação nos projetos que eles promovem através de sua direção e resultados posteriores”, declarou Medvedev. "Se falarmos diretamente - o que de bom trouxe a Primavera Árabe ao mundo árabe? Liberdade? Só em parte. Em quantidade considerável de Estados são intermináveis os choques sangrentos, a mudança de regimes, agitações intermináveis. Por isso aqui não tenho quaisquer ilusões. O que existe é esse empurrão. Sim, infelizmente isto esta presente", considera ele.
Segundo o primeiro-ministro, sob o pretexto de luta pelos interesses nacionais, pela garantia dos direitos e liberdades, ocorreu, em essência, desmontagem forçada do sistema político de Estado estrangeiro, intervenção grosseira nos assuntos internos e colocação de regime político vantajoso no poder.
Voz da Rússia
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Dmitri Medvedev fala sobre acontecimentos na Ossétia do Sul e Oriente Médio
Em 2008, Medvedev ocupava o cargo de presidente e, depois do ataque de tropas georgianas contra os moradores da Ossétia do Sul e pacificadores russos, deu ordem de iniciar a operação, que durou 5 dias. Depois disto, a Rússia reconheceu a independência da Ossétia do Sul e da Abkházia.
"Esta não foi guerra entre Estados e muito menos guerra entre o povo da Rússia e o povo georgiano", declarou Medvedev. A operação teve "objetivos absolutamente locais". "Nós devíamos desarmar o inimigo em tal grau para que ele deixasse de exterminar pessoas. Este foi o principal objetivo", disse o primeiro-ministro, lembrando que, em 2008, 80% dos habitantes da Ossétia do Sul eram cidadãos russos.
"Nós inicialmente não tínhamos o objetivo de mudar o regime, mesmo apesar de o senhor Saakashvili, por motivos compreensíveis, ser para mim e meus colegas uma pessoa absolutamente não amistosa. E eu considero que ele é um criminoso de guerra. No entanto, nós considerávamos e consideramos que o próprio povo deve se entender com seus governantes", salientou Medvedev.
"Eu nunca dei, como comandante em chefe supremo, a ordem de entrar em Tbilissi, substituir o regime político lá e executar Saakashvili. Porque nós não estávamos em guerra com a Geórgia", lembrou o primeiro-ministro.
Dmitri Medvedev também expressou a certeza de que nas relações da Rússia e Geórgia, com o tempo, tudo se resolverá:
"Estou certo de que tudo será normal. Nossos povos não brigaram. Este conflito, naturalmente, não ajuda a compreensão mútua, mas este não é um conflito profundo de povos, isto, infelizmente é um erro, que se transformou em crime de parte de certos dirigentes do país".
Na entrevista também trataram de acontecimentos no Oriente Médio, Dmitri Medvedev comparou as ações de alguns países ocidentais nessa região com a conduta de um elefante numa loja de louças: quebra tudo e depois não sabe o que fazer. O primeiro-ministro concordou com a opinião do correspondente de que o Ocidente com frequência empurra povos inteiros para um ponto sem retorno, quando as partes em conflito não podem ser levadas de modo algum para a mesa de conversações.
"Eu às vezes me surpreendo com seus analistas e com a descoordenação nos projetos que eles promovem através de sua direção e resultados posteriores”, declarou Medvedev. "Se falarmos diretamente - o que de bom trouxe a Primavera Árabe ao mundo árabe? Liberdade? Só em parte. Em quantidade considerável de Estados são intermináveis os choques sangrentos, a mudança de regimes, agitações intermináveis. Por isso aqui não tenho quaisquer ilusões. O que existe é esse empurrão. Sim, infelizmente isto esta presente", considera ele.
Segundo o primeiro-ministro, sob o pretexto de luta pelos interesses nacionais, pela garantia dos direitos e liberdades, ocorreu, em essência, desmontagem forçada do sistema político de Estado estrangeiro, intervenção grosseira nos assuntos internos e colocação de regime político vantajoso no poder.
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