Especialista russo: um novo Chernobyl ameaça Ucrânia
Política de Kiev pode levar a acidentes em usinas nucleares da Ucrânia. A Rosatom já avisou que não é responsável pelas tentativas ucranianas de usar combustível nuclear da empresa norte-americana Westinghouse em reatores nucleares de fabricação soviética. A operação incorreta daquelas usinas, que é praticada na Ucrânia desde o início de 2016, também é perigosa. O especialista e cientista político Anatoly Wasserman escreveu sobre este assunto no Izvestia. O autor do artigo cita o diretor do departamento de não-proliferação e controle de materiais nucleares do Ministério das Relações Exteriores russo, Mikhail Ulyanov:
"Também nos perturbam as tentativas de transferir as usinas nucleares ucranianas para o modo de controle forçado de potência, reduzindo substancialmente a produção diária de energia – os reatores atômicos não são projetados para operarem em tais condições. Tomando em conta a presença de combustível experimental [de produção de Westinghouse] nos reatores, o risco de acidentes nucleares aumenta." De acordo com Anatoly Wasserman, as autoridades ucranianas aumentam com suas próprias mãos o risco de incidentes nas suas usinas nucleares. Eles exigem que os engenheiros operadores das usinas mudem suas capacidades várias vezes em cada dia. O especialista nota, que tal operação é uma falha flagrante do processo tecnológico – usinas de turbinas a vapor precisam de arrancar e parar lentamente, dando-lhes algum tempo para "aquecer". Uma caldeira a vapor de um navio aquece – dependendo da potência – 1-2 horas; as usinas termelétricas – até um dia. O reator nuclear, depois de reduzir sua capacidade, tem que ser suspenso durante vários dias até que todos os fragmentos de núcleos de uranio emitidos pelo combustível nuclear decaiam, explica o autor do artigo. Wasserman assinala que, mudando as capacidades de seus reatores com tanta frequência, os ucranianos fazem o mesmo erro que foi feito em Chernobyl, quando a capacidade do reator foi reduzida para substituir elementos de combustível, mas os engenheiros operadores começaram aumentando de novo a capacidade. “As pessoas que assumiram o poder em Kiev em 2014 não possuem qualquer formação técnica e nenhum instinto de autopreservação: colocam barras de combustível impróprias em reatores, ajustam suas capacidades muitas vezes no mesmo dia”, conclui Anatoly Wasserman seu artigo no Izvestia.
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