Estudo revela principal culpado pela doença de Alzheimer
De tudo

Estudo revela principal culpado pela doença de Alzheimer


doença de Alzheimer
Uma nova análise de mais de 3.600 cérebros doados nos EUA destacou o papel do mau funcionamento das proteínas tau como a principal causa para o declínio e perda de memória cognitiva associada à doença de Alzheimer, oferecendo um novo enfoque para o tratamento e futuras pesquisas relacionadas à doença.

O que causa o Alzheimer?

A comunidade científica já estudou bastante o assunto. Hoje, é aceito como fato que a doença de Alzheimer se desenvolve em virtude de um defeito no funcionamento de duas proteínas, conhecidas como amiloide e tau.
O que não se sabia ao certo até o momento era o quão grande era o papel de cada uma dessas proteínas do desenvolvimento da doença.
Recentemente, uma grande parte da investigação sobre a doença de Alzheimer tem sido centrada na amiloide, como uma experiência que cancelou a proteína nos cérebros de camundongos e deu-lhes de volta a sua função de memória.

Um novo panorama

Mas pesquisadores da Clínica Mayo, dos Estados Unidos, acharam que a pesquisa estava focando no alvo errado porque o seu estudo sugere que, embora as proteínas amiloides de fato se multipliquem à medida que a doença progride, a sua presença não é o que está provocando a condição.
“A maioria dos campos de pesquisa da Alzheimer tem realmente focado em amiloide ao longo dos últimos 25 anos”, ressalta a pesquisadora chefe e neurocientista, Melissa Murray.
Ainda de acordo com ela, inicialmente, os pacientes que foram descobertos com mutações ou alterações no gene amiloide também tinham a patologia de Alzheimer grave. Nas ressonâncias obtidas ao longo da última década dos cérebros de pacientes assim, também foi descoberto que o nível de amiloide aumentava conforme a doença evoluía. Assim, a maioria dos modelos de Alzheimer foram baseados na toxicidade amiloide, o que tornou o campo dos estudos sobre o Alzheimer míope.

O novo estudo

A equipe de Murray examinou 3.618 cérebros pós-morte de um banco de cérebros da Clínica Mayo, e descobriu que 1.375 dos seus proprietários tinham morrido com diferentes estágios de demência. Eles criaram uma linha do tempo para analisar a progressão da doença usando esses cérebros e, assim, criaram uma maneira de quantificar a progressão da formação das proteínas amiloide e tau ao longo do desenvolvimento da doença.
Em seguida, analisaram scans cerebrais tirados de aglomerados de proteína amiloide em pacientes antes da morte, comparando-os com os resultados de exames cerebrais após a morte.
Em conjunto, estas análises revelaram que a concentração da proteína tau em mau funcionamento – e não de amiloide, como se acreditava – é fortemente relacionada com o início do declínio cognitivo, deterioração mental e desenvolvimento de Alzheimer.

A culpa é da tau

Os pesquisadores encontraram uma forte ligação entre o acúmulo de amiloide e um declínio na cognição, mas assim que eles entenderam a gravidade da concentração de tau, esta ligação desapareceu.
Inclusive, em alguns dos cérebros foram encontrados aglomerados amiloides sem que o órgão mostrasse sinais de declínio cognitivo.

A pesquisadora Murray discute os resultados

De acordo com a principal autora da pesquisa, a proteína tau serve para “estabilizar” o caminho que as células do cérebro usam para transportar alimentos, mensagens e outras cargas vitais para todos os neurônios.
Na doença de Alzheimer, as mudanças na proteína tau fazem com que esses “caminhos” fiquem instáveis em neurônios do hipocampo, o centro de memória do cérebro. O tau anormal se acumula nos neurônios, o que eventualmente leva a sua morte.
Evidências sugerem que a tau anormal então se espalha a partir de uma célula para outra, até chegar e se espalhar por todo o córtex cerebral.
O córtex é a parte mais externa do cérebro que está envolvida em níveis mais elevados de pensamento, planejamento, comportamento e atenção – o que causa aquelas mudanças comportamentais posteriores em pacientes de Alzheimer.
A amiloide, por outro lado, começa a se acumular na parte exterior do córtex e depois se espalha para baixo para o hipocampo e, eventualmente, para outras áreas.
Enquanto a equipe certamente não recomenda ignorar a participação-chave das amiloides na progressão do Alzheimer, incita que pesquisas futuras se concentrem no que está acontecendo com as proteínas tau, na esperança de que possamos descobrir como detectar e deter a progressão da doença.



loading...

- Estudo Constata: Remedios Para Gripe Pode Causar Perda De MemÓria E Um Encolhimento Do CÉrebro
Os cientistas anunciaram que comumente usados ​​medicamentos de gripes e resfriados, comprados over-the-counter, pode causar perda de memória, um declínio no QI e um encolhimento do cérebro. De acordo com um novo estudo, os medicamentos...

- Aspartame, AdoÇantes, Refrigerantes Causam LÚpus E Outras DoenÇas (leia E Saiba)
Vamos viver mais e com mais saúde. Fiquem  atentos Voltem para o velho e bom açúcar, que no Brasil há mais de 500 anos  alimenta a nossa população e nossos antepassados não  apresentavam esses sintomas...

- Sinais De Que Você Pode Estar Com Alzheimer
Milhões de pessoas vivem com Alzheimer, uma doença debilitante que não pode ser evitada, curada ou retardada. Atualmente, o diagnóstico precoce é melhor arma que uma pessoa pode ter contra a condição. Ele é fundamental para ajudar os pacientes...

- Drogas - Mito Ou Realidade, Bebida Alcoólica Mata Seus Neurônios?
Quem já acordou de ressaca sabe o que é imaginar o álcool literalmente matando cada uma de suas células cerebrais. Felizmente, apesar de bebidas alcoólicas poderem realmente prejudicar o cérebro de muitas maneiras, matar diretamente neurônios...

- Nossas Memórias São Guardadas Em Células Individuais
Cientistas descobrem que nossas memórias são guardadas em células individuais O cérebro humano guarda memórias episódicas no hipocampo, colocando cada lembrança em uma distinta e distribuída fração de células individuais. O estudo que faz...



De tudo








.