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EUA e UE são responsáveis pelo sofrimento sírio, diz chanceler de Assad
Walid al Moualem pediu para a ONU interferir no caso, solicitando às potências ocidentais a suspensão das sançõesO ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid al Moualem, disse neste sábado (15.12) que os Estados Unidos e a União Europeia são responsáveis pelo sofrimento do povo sírio por conta das sanções impostas contra o governo de Bashar al Assad.
Em reunião com a chefe de ajuda humanitária das Nações Unidas, Valerie Amos, o chanceler pediu para a entidade internacional interferir no caso, solicitando às potências ocidentais suspenderem as medidas restritivas. Moualem ainda apelou para a ONU expandir sua missão no país e incluir a reconstrução do que foi destruído pelos grupos da oposição armada.
A oficial, que está visitando a Síria por apenas um dia, se comprometeu a continuar com a assistência à população que vive no país, marcado por uma guerra civil há 20 meses que já deixou pelo menos 40 mil mortos. Amos, no entanto, não respondeu aos pedidos do chanceler.
O secretário-geral da ONU, Ban KI-Moon, visitou campo de refugiados sírios na Turquia junto de uma equipe de ajuda humanitáriaAs medidas restritivas foram impostas pelos EUA e União Europeia desde o início do conflito entre os rebeldes e o governo e têm como finalidade pressionar o presidente Assad a deixar o poder. As sanções atuais incluem o congelamento dos ativos de Assad e de outros líderes do regime e um embargo sobre o petróleo e comércio de armas.
Crise humanitáriaMais de 2,5 milhões de pessoas fugiram de suas casas para regiões mais seguras dentro do território sírio e pelo menos 1 milhão se registrou em campos de refugiados próximos às fronteiras. De acordo com organizações de direitos humanos, que já declararam estado de calamidade em diversas áreas do país, a crise humanitária deve se agravar ainda mais nos próximos meses com o inverno e a intensificação da luta armada.
A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação na sigla em inglês) prevê que pelo menos 1,5 milhões de pessoas devem precisar de assistência imediata para se alimentar o que deve duplicar no período de oito meses, atingindo, pelo menos, 3 milhões de pessoas que vivem na Síria.
Avanço dos rebeldesO pedido do chanceler sírio surge em um momento de avanço da luta das organizações rebeldes no país, que conquistaram controle de território contínuo em Damasco e o apoio formal dos EUA e de outros cem países. Nesta quarta-feira (12.12), a sede do Ministério do Interior, no coração de Damasco, foi alvo de explosão e pelo menos cinco pessoas morreram, entre elas um parlamentar.
Enquanto isso, a Rússia, principal aliada do governo de Assad, enviou mensagens dúbias quanto ao seu posicionamento no conflito e sinalizou de que pode estar recuando.
Moscou junto da China, vetou três resoluções do Conselho de Segurança da ONU que impunham medidas punitivas ao governo de Assad e abriam caminho, até mesmo, para a intervenção militar externa no país. Além de apoio junto à comunidade internacional, Moscou, antigo aliado do regime sírio, continuou a enviar armamento às autoridades sírias e desenvolve papel importante na manutenção do governo de Assad.
Opera Mundi
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