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Ex-chefe da empresa que minou construção de cosmódromo russo pega 3 anos de prisão
O chefe da empresa que construiu o cosmódromo Vostochny acaba de ser condenado a três anos de prisão, informou o Comitê de Investigação da Rússia.
De acordo com a autoridade, Igor Nesterenko, diretor-geral da construtora TMK (sigla em russo Construtora de Pontes no Pacífico), recebeu a sentença que prevê a pena de três anos de prisão pelo desvio de cerca de 105 milhões de rublos (cerca de 5,7 milhões de reais).
A empresa antigamente chefiada por Nesterenko era engajada na construção do cosmódromo que constituía uma esperança para a Rússia, já que Vostochny permitirá ao país ter acesso independente ao espaço. Atualmente, o país utiliza principalmente a base de lançamentos de Baikonur, no vizinho Cazaquistão.
O primeiro lançamento teve lugar às 05h01 de Moscou no dia 28 de abril (23h01 de 27 de abril em Brasília). Foi a segunda tentativa: o lançamento estava previsto para a madrugada do dia 27 (de Moscou), mas foi adiado devido a um problema no sistema automático de lançamento.De acordo com os dados da investigação, Nesterenko juntamente com Sergei Yudin, chefe do conselho de diretores da TMK, desviaram os fundos por via de criação de empresas fictícias, e depois se apropriaram do dinheiro.
Durante a investigação, foram congelados os bens de Nesterenko no valor que supera os 60 milhões de rublos (cerca de 3 milhões de reais) e os de Yudin – de quase 100 milhões de rublos (5 milhões de reais).
O caso de Yudin continua sendo investigado, já Nesterenko é réu em mais um caso, que tem a ver com a falta de pagamento de salários a empregados na construção.
A construção do cosmódromo de Vostochny começou na região de Amursk (Extremo Oriente da Rússia) em 2012. Os trabalhos de construção deveriam ser terminados ainda em 30 de novembro do ano passado, mas em 14 de outubro o presidente russo Vladimir Putin visitou o local para avaliar o progresso de trabalho e notou que o cosmódromo não seria construído a tempo.
Então, naquela altura o primeiro lançamento do cosmódromo foi adiado de dezembro de 2015 até abril de 2016.
Após o lançamento falhado (que foi assistido por Putin) e, no dia seguinte, lançamento bem sucedido, o chefe de Estado russo notou que em relação aos problemas que apareceram seis casos penais foram iniciados.
Além disso, o presidente da Rússia repreendeu o vice-premiê, Dmitry Rogozin, repreendeu duramente o chefe de Roscosmos, Igor Komarov, e apresentou o decreto sobre a incompleta correspondência para o cargo ao executivo da empresa NPO avtomatiki, uma das maiores na Rússia de criação e produção de sistemas de condução e aparelhos radioeletrônicos para indústria espacial, Leonid Shalimov.
Sputnik
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