Exclusivo: Mais um crime ligado à morte do prefeito Celso Daniel?
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Exclusivo: Mais um crime ligado à morte do prefeito Celso Daniel?


A operação Lava jato finalmente chegou até os desdobramentos do sequestro e assassinato em 2002 do Prefeito Celso Daniel com a prisão de Ronan Maria Pinto

Ameaçados de morte por insistir na elucidação do sequestro e da morte do petista, Bruno José Daniel Filho e Marilena Nakano, irmão e cunhada de Celso Daniel, e seus três filhos deixaram o Brasil rumo à França em março de 2006. Lá, entraram com um pedido de asilo político junto ao Ofício Francês de Proteção aos Refugiados e Apátridas (OFPRA), órgão competente para avaliar solicitações de abrigo a pessoas que sofrem perseguição política em seus países de origem.

Mas não pára por ai: a mera possibilidade de as reais motivações do crime virem à tona já deixou mais sete cadáveres pelo caminho, além do próprio Celso Daniel.

Três meses depois da morte do ex-prefeito, o detento Dionísio Severo foi morto na cadeia, apenas dois dias depois de ter dito que teria informações sobre o caso. Ele foi apontado como o contato entre o empresário Sérgio Sombra, acusado pelo Ministério Público do estado de São Paulo de ser o mandante do crime, e os autores do assassinato. Dionísio Severo foi resgatado da cadeia, de helicóptero, dois dias antes da morte de Celso Daniel, sendo depois recapturado. O homem que abrigou o foragido neste meio tempo, Sérgio "Orelha", também foi morto. Otávio Mercier, investigador de polícia que ligou para Severo na véspera do sequestro de Celso Daniel, levou dois tiros dentro de sua casa.

Sem perder a conta — Depois de Celso, Dionísio, Sérgio "Orelha" e Otávio — a lista de cadáveres foi acrescida com o de Antonio Palácio de Oliveira, garçom que na noite do sequestro do ex-prefeito serviu a mesa de uma churrascaria em São Paulo em que estavam Celso Daniel e Sérgio Sombra. Foi morto em fevereiro de 2003. Portava documentos falsos e tinha recebido um depósito de R$ 60 mil em sua conta corrente.

Vinte dias depois foi a vez de Paulo Henrique Brito, única testemunha da morte do garçom Antonio Palácio de Oliveira. Em dezembro de 2003, o agente funerário Ivan Moraes Rédua levou dois tiros pelas costas. Ele havia sido o primeiro a reconhecer o corpo de Celso Daniel, ainda jogado na estrada, e a chamar a polícia.

Até aqui, a última morte suspeita ligada ao caso foi a do médico-legista Carlos Delmonte Printes, que examinou o cadáver de Celso Daniel. Ele dizia que o ex-prefeito de Santo André foi brutalmente torturado antes de ser assassinado. O doutor foi encontrado morto em seu escritório na Zona Sul de São Paulo, no dia 12 de outubro de 2005. O laudo oficial sobre a morte do legista concluiu que ele cometeu suicídio.

Menos de um mês antes de morrer, Carlos Delmonte Printes foi ao Programa do Jô, da Rede Globo. No ar, disse que recebeu pressão de políticos para que concordasse com a hipótese de crime comum, que considerava "inverossímil". Ele disse ainda: "Eu fui proibido de falar pelo diretor do Instituto Médico Legal. Bem mais tarde, depois que eu comuniquei o fato ao Ministério Público, eles alegaram que era para a minha proteção e em seguida foi decretado segredo de Justiça".

Ontem, um dia antes da Operação Lava Jato chegar ao ABC, Um misterioso incêndio atingiu o escritório de contabilidade de Meire Poza. Em junho de 2014, Meire entregou o contrato de mútuo (tipo de empréstimo) com os detalhes do repasse de cerca de 6 milhões de reais ao empresário Ronan Maria Pinto. Pinto foi preso nesta sexta-feira na 27ª fase da Operação Lava Jato.

Em 2012, o publicitário e operador do mensalão Marcos Valério revelou em depoimento à Procuradoria-Geral da República que Ronan Maria Pinto, um empresário ligado ao antigo prefeito, estava chantageando o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para não envolver seu nome e o do ex-presidente Lula na morte do ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel, em 2002. Segundo os investigadores da Operação Lava Jato, pelo menos metade do empréstimo fictício contraído junto ao Banco Schahin acabou desaguando nos bolsos de Ronan.

Gente muito poderosa que agora vê as garras da justiça se aproximar! O rastro de crimes e mortes que cercam o PT não pára de aumentar!




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