O Exército Brasileiro manifestou esta semana sua indignação, através de seu comandante, o general Eduardo Villas Boas, sobre uma resolução divulgada pelo PT, na qual o partido alega arrependimento por não ter "domesticado" as Forças Armadas enquanto estavam no poder. Segundo a resolução do partido, os governos de Lula e Dilma deveriam ter interferido nas Forças Armadas, sobretudo em dois princípios: modificar o currículo das academias militares e promover oficiais com “compromisso democrático e nacionalista”.
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, repudiou a resolução e demonstrou sua irritação da seguinte forma: “Com esse tipo de coisa, estão plantando um forte sentimento antipetismo no Exército”, afirmou o comandante, considerando que os termos da resolução petista têm um tom “bolivariano”, algo semelhante ao usado pelos regimes de Hugo Chávez e agora de Nicolás Maduro na Venezuela e também por outros países da América do Sul, como Bolívia e Equador.
Segundo o general Villas Boas, a indignação não se limita ao Exército, mas também a Marinha e Aeronáutica, que durante todo este tempo sofreram com a negligência do PT em relação as Forças Armadas, que em nenhum momento se queixaram ou interferiram na vida política do país. oficiais de altas patentes se diziam indignados contra a resolução do PT. Há intensa troca de telefonemas nas Forças Armadas nestes dois últimos dias, trocando informações sobre o seguinte trecho do documento:
“Fomos igualmente descuidados com a necessidade de reformar o Estado, o que implicaria impedir a sabotagem conservadora nas estruturas de mando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal; modificar os currículos das academias militares; promover oficiais com compromisso democrático e nacionalista; fortalecer a ala mais avançada do Itamaraty e redimensionar sensivelmente a distribuição de 5 verbas publicitárias para os monopólios da informação.”
As Forças Armadas agora conhecem bem a natureza do PT.