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ExoMars: cientistas escolhem local de pouso para rover
Em 28 de março, em Madrid terminou o primeiro seminário de escolha do local de pouso para o rover Pasteur da missão russo-europeia ExoMars.
Os membros do grupo de trabalho analisaram oito áreas potenciais entre as quais, até este verão, serão escolhidas três ou quatro candidatas.
A preparação da missão ExoMars está acontecendo perante os nossos olhos, e este ano a comunidade científica deve determinar a forma já da segunda parte da missão, que inclui o rover de Marte e a plataforma russa de pouso com um complexo de aparelhagem científica.
O rover Pasteur faz parte da segunda etapa da missão russo-europeia ExoMars com lançamento previsto para 2018. Sua missão soa comum – explorar Marte em termos de procura no planeta de condições para o surgimento ou a sustentação de vida. Mais precisamente, trata-se, em primeiro lugar, do solo – de quê ele é composto e qual o papel que desempenhou a água em sua evolução, e em segundo lugar da atmosfera, principalmente de seus componentes menores que podem indicar uma moderna atividade geológica ou até mesmo biológica no planeta.
A escolha do local de pouso é uma tarefa importante porque a área de futuras pesquisas deve ser interessante para os cientistas, bastante confortável para os engenheiros (de sua disposição, em particular, depende o esquema de voo) e mais ou menos seguro – pois os estágios finais de pouso acontecem automaticamente. Ao mesmo tempo, prever com precisão exatamente onde o módulo de pouso tocará a superfície de Marte é impossível, então o local de pouso é uma elipse de 104 por 19 km.
Em meados de dezembro de 2013, as agências espaciais europeia e russa anunciaram um concurso para propostas sobre a área de pouso entre os membros da comunidade planetária. Os locais candidatos devem ser suficientemente antigos, não menos de 3,6 bilhões de anos, porque se acredita que aproximadamente nessa altura em Marte havia água líquida. Além disso, traços de ação da água devem ser visíveis em fotografias do local, bem como rochas expostas. Em outras palavras, a paisagem deve ser bastante diversa. Finalmente, o rover deve ser capaz de chegar até pelo menos algumas dessas rochas expostas, e toda a área não deve ser muito “empoeirada” – a poeira marciana é um sério perigo para os equipamentos.
Até o final de fevereiro de 2014 o grupo de trabalho de escolha do local de pouso do projeto ExoMars recebeu oito propostas, e no final de março teve lugar o primeiro seminário sobre o assunto. Seu objetivo foi entender quais áreas é que são as áreas mais promissoras para estudos mais aprofundados.
O próximo passo no processo de seleção cabe aos membros do grupo de trabalho, que inclui também representantes da Rússia: do Instituto de Pesquisas Espaciais da Academia de Ciências da Rússia, do Instituto de Geoquímica e Química Analítica Vernadsky da Academia de Ciências, da Associação Científica de Produção Lavochkin, e do Instituto Central de Pesquisa em Engenharia Mecânica. Tendo em vista tudo o que foi dito no seminário, no verão eles devem escolher três ou quatro opções. Em seguida, essas áreas serão estudadas com a ajuda de sondas orbitais marcianas, principalmente do Mars Express europeu. A decisão final será tomada cerca de um ano antes do lançamento, em 2017.
O ExoMars é um dos principais projetos do programa planetário tanto da Rússia como da Europa, por isso ele suscita uma atenção particularmente grande. Assim, há dias, no Reino Unido foi solenemente inaugurada uma área de ensaios – um simulador de superfície marciana para testes de modelos do rover. Mas a comunidade científica ainda está preocupada com os equipamentos científicos.
Se o complexo de aparelhagem e o esquema geral da primeira parte da missão (lançamento em 2016) já foram aprovados, a segunda parte – que além do Pasteur inclui também o módulo russo de descida com plataforma de pouso – ainda está em fase de definição. Atualmente, está sendo determinada a composição final da carga científica na plataforma de pouso. O Pasteur irá explorar Marte movendo-se sobre sua superfície, e equipamentos na plataforma de pouso irão “monitorar” as condições do planeta num ponto fixo. Assim, além de uma imagem do passado de Marte, obteremos também dados sobre seu presente: o quê determina o clima e as condições no Planeta Vermelho.
Voz da Rússia
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