03/06/2016
Para a sorte dos brasileiros, Gleisi Helena Hoffmann (PT-PR) não decidiu seguir as trilhas da advocacia. Se assim tivesse feito, seus clientes poderiam se dar mal. As estratégias que a senadora paranaense vem usando para defender a afastada Dilma Rousseff têm se mostrado desastradas e desastrosas. A última delas, proclamada aos berros na tribuna do Senado, consiste em exigir mais tempo para que Dilma se defenda no processo de impeachment de que é alvo.
A grande questão é que, a cada dia, surgem mais provas contra a “companheira” Dilma. As evidências contra a ‘presidenta’ não se limitam à sua evidente incompetência e tolerância com a corrupção, mas agora alcançam sua autoproclamada honestidade pessoal.
Um exemplo chocante desse desvario comportamental é revelado pelo jornalista Merval Pereira, de “O Globo”. Merval conta que até as viagens (R$ 5 mil), do Rio de Janeiro para Brasília, do cabeleireiro de Dilma e o pagamento de seus cortes nas melenas presidenciais (R$ 10 mil) eram bancados com dinheiro furtado da Petrobras.
Citando documentos de posse da Procuradoria-Geral da República, mensagens de e-mail, o jornalista revela que Dilma estava ciente dos desvios e das propinas que envolveram a compra da obsoleta e superfaturada refinaria de Pasadena, que por conta do avanço da ferrugem é conhecida como “Ruivinha”.
Merval Pereira revela também: “Em outras mensagens, há informações sobre pagamentos de itens pessoais da presidente pelo esquema montado na Petrobras, como o cabeleireiro Celso Kamura, que viajava para Brasília às custas do grupo. Cada ida de Kamura custava R$ 5 mil. Há também indicações de que um teleprompter especial foi comprado para Dilma sem ser através de meios oficiais, para escapar da burocracia da aquisição”.
Diante dessa torrente de evidências, que hão de acabar, cedo ou tarde, levando Dilma a uma temporada sob o clima pouco aprazível de Curitiba, a tática de protelar o julgamento do impeachment configura mais uma tolice de Gleisi. Mesmo assim, a senadora paranaense insiste e fala na tribuna do Senado e publica em seu Facebook:
“O que presenciamos na comissão do impeachment foi uma “chicana”. O processo do impeachment tem até 180 dias para fazer a defesa e querem acelerar o julgamento. Quais os motivos para isso? É importante para que possamos refletir. Até mesmo os senadores que foram favoráveis ao afastamento da presidenta Dilma Rousseff no rito do impeachment passaram a avaliar o governo ilegítimo, insustentável, e por mais que não estejam de acordo com a forma de gerenciar da presidenta, não vão compactuar com um governo golpista.”