06/06/2016
Lula e Dilma são os principais alvos das delações que sacudirão ainda mais a frágil e corrompida República nos próximos dias.
Além de afundarem de vez Lula e Dilma, confirmando tudo o que já fora noticiado antes, Marcelo Odebrecht e Leo Pinheiro da OAS, vão entregar as cabeças de 13 governadores e 36 senadores nessa primeira fase da delação pesada.
O problema disso tudo, como diz o povo, nas ruas e nas redes sociais, é que o STF e PGR de Janot não são confiáveis. Tantas delações, tantas provas e nenhum dos cabeças do crime organizado político ainda foram presos?
Contudo, diz o dito popular: 'a esperança é a última que morre'.
O povo espera que todos que devem apodreçam na cadeia, antes tarde do nunca.
ELES QUEREM REDUZIR O TEMPO DE CADEIA, DELATANDO GERAL, AOS POUCOS... (SEI...)
Reportagem da revista “Veja” deste final de semana afirma que as delações premiadas do empresário Marcelo Odebrecht e de altos funcionários da empreiteira deverão citar pelo menos treze governadores e 36 senadores como beneficiários de propinas nas campanhas eleitorais de 2010 e 2014.
De acordo com a publicação, a Odebrecht distribuiu, à margem da lei, cerca de R$ 100 milhões em recursos aos candidatos.
Segundo a revista, Marcelo Odebrecht decidiu fazer o acordo de delação depois de todas as tentativas de livrá-lo da prisão.
A revista revela também que o ex-presidente da OAS, José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, também dirá em sua delação premiada que pagou as reformas do sítio em Atibaia a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o tríplex no Guarujá realmente pertencia ao ex-presidente e que Aécio recebia 5% de propina das obras da Cidade Administrativa, em Minas Gerais, através de um emissário.
Outros beneficiários citados pelo empresário são o atual ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira; o senador Romero Jucá; o presidente do Senado, Renan Calheiros; e o deputado Eduardo Cunha, todos do PMDB.
A revista lembra também que, depois de resistir, Pinheiro decidiu fazer acordo de delação premiada numa tentativa de reduzir sua pena de 16 anos.
DILMA E LULA SÃO OS PRINCIPAIS ALVOS DAS DELAÇÕES...
Segundo a revista, a presidente afastada Dilma Rousseff será o principal alvo das revelações de Marcelo Odebrecht.
O empresário — que está preso desde junho do ano passado e foi condenado a 19 anos de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa — confirmará aos investigadores da Operação Lava Jato que a reeleição de Dilma foi financiada com propina depositada em contas no exterior, diz “Veja”.
De acordo com “Veja”, a Lava Jato já rastreou o repasse de US$ 3 milhões da empreiteira para uma conta na Suíça do marqueteiro João Santana, responsável pelas três últimas campanhas presidenciais do PT.
A investigação também descobriu que outros R$ 22,5 milhões foram pagos a Santana em dinheiro vivo. O pagamento aconteceu, de acordo com a revista, entre outubro de 2014, quando Dilma conquistou o segundo mandato, e maio de 2015.
Segundo a revista, Odebrecht dirá que os detalhes do financiamento eleitoral foram combinados com Giles Azevedo, ex-chefe de gabinete da presidente afastada.
O ex-secretário particular da petista, Anderson Dornelles, também será citado por Marcelo Odebrecht. Segundo a revista, Dornelles pediu uma ajuda financeira, e repasses mensais de R$ 50 mil teriam sido feitos a “um laranja”, Douglas Franzoni, sócio de Dornelles, para serem entregues a ele.
Conforme o jornal “O Globo” mostrou na edição deste sábado, Dorneles foi citado como destinatário do recebimento de dinheiro da construtora. Numa das situações descritas pelos executivos da Odebrecht, Dornelles teria pedido o dinheiro diretamente à construtora.
Em outro momento, executivos também falaram que a própria presidente teria pedido ajuda para Dornelles. As afirmações foram feitas na fase preliminar da negociação da delação premiada e ainda terão que ser detalhada nos anexos da colaboração, a serem entregues pelos advogados da Odebrecht até o fim do mês.
Em reportagem neste sábado, ”O Globo” mostrou que executivos da Odebrecht relataram na negociação de suas delações premiadas que a empreiteira pagou despesas pessoais da presidente afastada, Dilma Rousseff, que permitiram a ela cuidar da própria imagem. Entre as despesas está o cachê do cabeleireiro Celso Kamura. Investigadores da Lava-Jato tratam com cautela a informação, porque não há certeza de que a construtora vai incluir ou detalhar a informação nas próximas fases do processo de colaboração.