Líbia: um ano sem Muammar Kadhafi
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Líbia: um ano sem Muammar Kadhafi


A Líbia completou um ano sem Muammar Kadhafi que tinha governado o país por 42 anos. O líder da Jamahyria pereceu em 20 de outubro de 2011. Por ironia má do destino, a morte atingiu o coronel Kadhafi nos arredores da cidade de Sirt, a sua terra natal. Na véspera do aniversário veio à luz uma nova versão sobre sua morte.

De acordo com os dados à disposição da Organização Internacional de Proteção dos Direitos Humanos Human Rights Watch, Muammar Kadhafi não foi abatido pelo fogo de aviões da NATO, como reza a versão oficial, mas foi preso e submetido a torturas ultrajantes, humilhantes e crueis. Em seguida foi assassinado juntamente com seu filho e algumas dezenas dos seus partidários, que tinham sido presos juntamente com ele.

Existe também a versão da morte, relacionada a um “vestígio francês”. Afirma-se que ele foi assassinado por um líbio, preparado por franceses, mas que atuava sem receber instruções diretas de Paris. De acordo com esta versão, o coronel foi liquidado pois se receava que ele pudesse revelar os segredos de financiamento da campanha presidencial de 2007, na França.

As novas autoridades da Líbia não fizeram nada para lançar luz sobre tudo isso. E depois do assassinato do embaixador dos EUA, na Líbia, ficou perfeitamente claro que elas nem sequer controlam a situação no país, opina Serguei Demidenko, perito em estudos orientais do Instituto de Estimativas e de Análises Estratégicas.

"Na Líbia deu-se a desmontagem do antigo sistema de gestão. Estamos assistindo a tentativas de edificar algo novo nas ruínas da estrutura que tinha sido edificada ainda na época de Kadhafi. Agora no país existem o parlamento e o governo, mas tudo isso é muito instável. Não se pode afirmar que as novas estruturas controlem o país ou vão controlá-lo no futuro. A Líbia é prisioneira do fator tribal. O traço característico da nova Líbia é a confrontação de diversas tribos e a existência de alianças tribais. As autoridades vivem oficialmente de acordo com um certo esquema, enquanto que o país, em conformidade com um esquema totalmente diferente."

Hoje um número cada vez maior de peritos inclina-se para a ideia de que os partidários de Muammar Kadhafi pretendem impor à nova direção da Líbia uma guerra de guerrilhas. Todas as pessoas que não convêm ao novo regime são taxadas de partidários do líder derrubado. O autoritarismo das novas autoridades não é absolutamente menor do que de Muammar Kadhafi. Mas os patrocinadores externos da operação de derrubada do ditador consideram isto um fator sem importância. Para eles a Líbia já é um material gasto.

Voz da Rússia



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