As suspeitas sobre o papel de Lula no esquema de desvios na Petrobras vão se confirmando. Após a afirmação de que a organização criminosa jamais teria operado sem Lula, feita pelo Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi a vez de mais uma testemunha ocular afirmar o mesmo. Desta vez, que confirma as suspeitas é o ex-deputado Pedro Corrêa, preso em Curitiba (PR) pela Operação Lava Jato. Corrêa confirmou, em documentos que integram seu acordo de delação premiada, que o ex-presidente Lula discutia pessoalmente o esquema de corrupção da Petrobras.
O ex-deputado, aliado de Lula de longa data, revelou detalhes sobre vários esquemas de corrupção não apenas na Petrobras e confessado que recebeu dinheiro desviado de mais de 20 órgãos ligados ao governo federal.
Corrêa garante que Lula ordenou a nomeação de diretores corruptos na estatal e tratou pessoalmente sobre como dividir a propina entre os partidos da base aliada do governo. o ex-deputado fornece detalhes sobre a atuação de Lula na nomeação de Paulo Roberto Costa, indicado do PP, para a diretoria de abastecimento.
Corrêa confirma que Lula contava com a cumplicidade de outros políticos que tinham conhecimento de pagamento de propina ou envolvimento em atos ilícitos como Aldo Rebelo (Pcdo B - SP), o ex-ministro Aloizio Mercadante (PT-SP), o ministro do TCU Augusto Nardes, o ex-ministro Jaques Wagner (PT-BA), o deputado Paulo Maluf (PP-SP), a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB-MA) e o senador Valdir Raupp (PMDB-RO).
A delação de Pedro Corrêa aguarda homologação do ministro do STF Teori Zavascki.