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Rebeldes forçam caças sírios a ataques de altitude elevada

Rebeldes sírios adquiriram armas pesadas que estão obrigando os jatos do governo a bombardearem redutos inimigos a partir de altitudes elevadas, o que reduz a precisão dos ataques, disse o chanceler da França antes de se reunir com oposicionistas sírios na quarta-feira.

"Em algumas dessas zonas, (o regime de) Bashar al-Assad está bombardeando-os com caças MiG, e o que é particularmente horrível é que ele os está bombardeando com dinamite", disse o chanceler Laurent Fabius, um dos mais duros críticos de Assad na comunidade internacional.

"Mas, ao mesmo tempo, há agora armas que estão obrigando os aviões a voarem extremamente alto, então os ataques são menos precisos", disse ele a jornalistas.

Vídeos gravados na Síria mostram rebeldes disparando mísseis terra-ar contra a aviação do governo. Na quarta-feira, ativistas divulgaram imagens que supostamente mostram um helicóptero do governo explodindo após ficar desgovernado e cair.

Rami Abdelrahman, chefe do Observatório Sírio de Direitos Humanos, disse que o helicóptero foi abatido perto de Maarat al Numan, cidade que foi capturada por rebeldes na semana passada, interrompendo o tráfego na estrada que liga Damasco a Aleppo, as duas maiores cidades do país.

Falando à Reuters por telefone da Grã-Bretanha, Abdelrahman afirmou que "alguns rebeldes disseram ter usado mísseis antiaéreos" para abater o aparelho.

Fabius disse também que as forças governamentais sírias estão atirando indiscriminadamente bombas de fragmentação, acusação já feita no domingo pela entidade Human Rights Watch, mas negada por Damasco.

As bombas de fragmentação explodem no ar, espalhando dezenas de fragmentos por uma área do tamanho de um campo esportivo. A maioria dos países proíbe seu uso, cumprindo uma convenção que foi incorporada em 2010 ao direito internacional, mas que não teve a adesão da Síria.

Os rebeldes sírios, que há 19 meses enfrentam o regime de Assad, estão em inferioridade militar, diante de uma força munida de tanques, caças e helicópteros com canhões. Potências ocidentais, embora simpáticas aos rebeldes, relutam em armar os insurgentes, por não verem a existência de uma liderança coerente e por temerem que o material acabe nas mãos de militantes islâmicos, cada vez mais envolvidos no conflito.

Em agosto, a França começou a destinar dinheiro e ajuda humanitária para regiões da Síria controladas por rebeldes.

Naval Brasil

Vídeo: derrubado helicóptero do governo sírio


Forças Armadas da Turquia voltam a bombardear Síria na região da fronteira

Justificativa pela ação seria que vizinhos teriam voltado a lançar projéteis em território turco

A artilharia turca voltou a bombardear o território sírio nesta quarta-feira (17/10) o território sírio. De acordo com autoridades turcas, a ação militar foi uma represália pelo suposto lançamento por parte do país vizinho de um projétil de obus, que atingiu o território turco poucos metros além da fronteira entre os vizinhos.

O escritório do governador da província turca de Hatay (sul do país) informou em comunicado postado em seu site oficial que o projétil sírio caiu a três metros da fronteira e a cerca de 150 metros de um povoado de Hacipasa, sem causar vítimas nem danos materiais, mas incendiando o local onde caiu.

A justificativa das autoridades turcas, de acordo com o comunicado, é que as regras internacionais para entrada em combate armado permitem que um dos lados envolvidos no conflito abra fogo em direção ao ponto de onde partiu o disparo. Por essa razão, as forças fronteiriças da Turquia efetuaram um bombardeio, detalhou o comunicado.

Ao longo das últimas semanas, várias bombas caíram na mesma área de Hacipasa, na faixa oriental da província de Hatay, enquanto outros impactaram perto de Akçakale, na província de Sanliurfa, onde no dia 3 de outubro morreram cinco pessoas atingidas por um projétil similar.

Desde então, após aprovação pelo Congresso, a Turquia passou a responder militarmente a qualquer disparo que tenha alcançado seu território. Fontes do governo indicaram à Efe que esta tática conseguiu afastar os combates da fronteira.

Embora este seja o primeiro projétil em mais de uma semana, a tensão segue alta. Na última sexta-feira (12), dois caças F-16 turcos se aproximaram da fronteira para intimidar um helicóptero sírio que supostamente bombardeava unidades rebeldes.

Em caso de conflito armado,a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), afirmou que tomará parte a apoiará a Turquia, país-membro da organização.

Opera Mundi



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