Antes de entrar na sala de projeção, me dei conta de que morreria de frio lá dentro com o o shorts e a blusinha que eu estava usando. O ar condicionado do cinema do Barigui é cruel. Não tive dúvidas: entrei em uma loja do shopping e comprei uma manta quentinha. Hohohoho. Enroladinha até o pescoço, encolhidinha na cadeira, assisti o filme do Woddy Allen. E fiz que nem ouvi os protestos do Tiago de que eu só presto pra matá-lo de vergonha e que não olhasse pra ele que ele não me conhecia. Pura inveja. Não sei se WA já fez algum filme que se passa fora de NY, mas esse é o primeiro que assisto que não é na Big Apple. Londres é o cenário da saga de Chris. Jovem irlandês tentando vencer na vida em Londres. E a vida gentilmente oferece a oportunidade em forma de uma mocinha apaixonada. Pouco atraente, é verdade, mas dona de uma sólida fortuna. Tudo seriam flores se o cunhado, irmão da mocinha, não namorasse uma gostosa que faz o coração (não só o coração) de Chris pular. A partir daí tá feita a encrenca. A trilha sonora é composta de árias de óperas, sempre a anunciar a tragédia. E não é à toa que numa das primeiras cenas Chris está a ler Crime e Castigo do Dosta. O dilema de Chris piora a cada cena. E a vista do seu loft, que dá para o Tâmisa, não o ajuda muito. Difícil escolha entre o fogo dos lençóis e o eterno conforto. O filme vale cada minuto. E o Woody Allen é um filho da puta. Fiquei numa dúvida: seriam as mocinhas gostosas todas idiotas, ou é só porque aquela, no caso, é americana? Se tiver algum homem na casa que entenda de mocinha gostosa, seja qual for a nacionalidade, por favor, me esclareça. É assunto que não domino. Entrada pro cinema: 13,00 Manta: 39,00 Tiago depois do filme dobrando a manta e xingando: não tem preço |