Muitas pessoas tinham interesse na morte de Kennedy
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Muitas pessoas tinham interesse na morte de Kennedy


Lee Harvey Oswald não teve nada a ver com o assassinato de Kennedy, sendo simplesmente um “bode expiatório”, declarou com exclusividade à Voz da Rússia o antigo membro da Comissão Warren, incumbida de investigar o crime, o advogado Jack Duffy. Em seu novo livro "The Man From 2063", Duffy cita participantes daqueles acontecimentos e novas provas e pensa em como seria a América, se Kennedy sobrevivesse.

– Há muitas teorias conspiratórias em torno do assassinato de Kennedy. Qual das teorias o senhor apoia e considera a mais provável?

– A meu ver, participaram da conspiração muitas figuras e organizações: agentes da CIA, representantes de agrupamentos mafiosos e cubanos oposicionistas a Castro. Há muitas provas que todas estas pessoas foram envolvidas na conspiração.

– Em outras palavras, o senhor considera que Lee Harvey Oswald não foi um atirador solitário?

– Há provas que indicam que Oswald não teria sido o único atirador. Considero que Oswald foi utilizado para distrair atenção dos verdadeiros organizadores do assassinato do presidente. Penso que Oswald não foi um elemento deste plano grandioso e que muitas pessoas possam concordar comigo.

– É evidente que a morte de Kennedy era vantajosa para muitas pessoas nos EUA e no exterior. Mas quem, a seu ver, tirou a maior vantagem do assassinato do presidente?

– Naturalmente, Lyndon Johnson foi quem ganhou mais, porque se tornou presidente. Muitas pessoas consideram que Johnson também teria participado da organização do assassinato. Não tenho certeza disso, embora haja certas provas desta suposição.

Sem dúvida, a CIA tinha muitas razões para se livrar de Kennedy: suas ações na guerra fria contra a Rússia, em Cuba e em relação a Castro. A CIA pretendia que Kennedy se livrasse de Castro, mas o presidente não fez isso. Além disso, imediatamente antes de sua morte, Kennedy pretendia retirar soldados americanos do Vietnã do Sul, o que contrariava os planos da CIA. Deste modo, o departamento de inteligência tinha muitos motivos para eliminar Kennedy.

A máfia também tinha razões para matar Kennedy. Robert Kennedy, irmão do presidente, perseguia duramente os mafiosos, colocando na cadeia muitos elementos de suas organizações, embora eles ajudassem Kennedy a vencer as eleições presidenciais. A máfia também estava descontente com ações dos irmãos Kennedy.

Os rebeldes cubanos, que se manifestavam contra Castro, também estavam interessados em livrar-se de Kennedy, insatisfeitos com sua política na guerra fria e em relação a Cuba.

Resumindo, todas estas pessoas e organizações tiveram motivos para matar Kennedy.

– Por que razão então o Comitê Seleto da Câmara sobre Assassinatos foi formado apenas em 1976, treze anos após a morte de Kennedy?

– O comitê foi formado em primeiro lugar, porque a televisão dos EUA exibiu em 1970 o famoso filme de Zapruder sobre o assassinato de Kennedy, que conhecem milhões de pessoas em todo o mundo. Face a este acontecimento, o Congresso decidiu instituir um comitê para a investigação adicional da morte do presidente Kennedy. Em tempos, Gerald Ford, membro da Comissão Warren, defendia até sua morte as conclusões daquela comissão, voltando a afirmar que não havia sido qualquer conspiração. Não concordo com ele e considero que não tem razão.

– Como pensa, o assassinato de Kennedy influiu na história americana? Se ele sobrevivesse, como poderia mudar a história dos Estados Unidos?

– Escrevi um livro sobre isso. Até hoje muitas pessoas dizem que muitas coisas poderiam mudar, se Kennedy não fosse assassinado. A meu ver, e muitas pessoas concordam comigo, que a principal mudança seria a guerra de Vietnã, que tudo lá poderia ter sido diferente. Considero que se Kennedy sobrevivesse, ele retiraria as nossas tropas do país. Mas Johnson fez o contrário, dando novo impulso à guerra que os Estados Unidos perderam em conjunto com 58 mil pessoas que foram mortas por um objetivo desconhecido.

Voz da Rússia



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