Mulher de Pimentel recebeu R$ 4 milhões. Pagamentos são suspeitos
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Mulher de Pimentel recebeu R$ 4 milhões. Pagamentos são suspeitos


Carolina Oliveira, mulher do governador de Minas, recebeu R$ 1,2 milhão de empresas com contratos com o BNDES. Pimentel era ministro do Desenvolvimento, a quem banco estava subordinado



A Polícia Federal mapeou pagamentos para a mulher do governador de Minas Gerais, o petista Fernando Pimentel, no valor de R$ 3,7 milhões. Segundo a PF, os pagamentos foram feitos em favor da empresa Oli Comunicações, que pertence a Carolina Oliveira. Os valores abrangem o período de 2011 e 2014.

O grupo francês Casino, dono do Pão de Açúcar, pagou R$ 362,8 mil, entre abril de 2012 a julho de 2012; o Marfrig pagou R$ 595 mil entre novembro de 2011 a abril de 2012; a empresa de publicidade Pepperdeu R$ 300 mil. O consultor Mario Rosa, ligado a Benedito Oliveira, o Bené, um dos financiadores da campanha do petista, repassou para a Oli, empresa fantasma, segundo o Ministério Público, o total de R$ 2,4 milhões de 2012 a 2014. A Polícia Federal pediu a busca e apreensão contra 34 alvos. O MP reduziu para 25 e o Superior Tribunal de Justiça autorizou 19.

A PF investiga, assim, indícios de operações irregulares realizadas pelas empresas na Operação Acrônimo – que apura suposto esquema de desvio de recursos públicos para financiamento de campanhas eleitorais como a do governador de Minas Gerais Fernando Pimentel. Em decisão do Superior Tribunal de Justiça, que autorizou nesta quinta-feira (25) a segunda fase de mandados de busca e apreensão, o ministro Herman Benjamin diz que “a análise de representação e do parecer do MP indicam que já foram apreendidos documentos (notas fiscais) relativos às operações supostamente irregulares” envolvendo as duas companhias de capital aberto, segundo documento obtido por ÉPOCA. Por essa razão, não foram autorizadas diligências da PF nos escritórios dessas empresas.

Em janeiro de 2014, quando Pimentel era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o BNDES, vinculado ao Mdic, adiou o vencimento de um título de dívida do Marfrig no valor de R$ 2,15 bilhões, passando de junho de 2015 para janeiro de 2017. Sem essa operação, o frigorífico poderia quebrar. Ao todo, o banco estatal investiu cerca de R$ 3,5 bilhões na companhia, tornando-se o seu segundo maior acionista. Em 2014, a dívida do Marfrig era de R$ 8,4 bilhões.

Além do Casino e do Marfrig, o diretório do PT de Minas, o BNDES e a Petrobras também estão na mira dos investigadores. Segunda decisão do STJ, “foram encontradas suspeitas de discrepâncias entre as despesas de campanhas declaradas à Justiça Eleitoral e registros contábeis apreendidos em posse de Benedito Rodrigues de Oliveira e notas fiscais encontradas na busca realizada na sede da Gráfica e Editora Brasil Ltda”. A Gráfica e Editora Brasil, controlada pela família de Benedito, recebeu R$ 294,2 milhões dos cofres públicos entre 2004 e 2014.

Apesar dos indícios de irregularidades, o ministro considerou que “a realização de busca em sede de partido político por autoridades policiais é medida de extrema gravidade no regime democrático, devendo estar plenamente justificada em elementos concretos”. Em relação ao pedido de diligências na sede do BNDES e da Petrobras, o STJ não se convenceu da necessidade de tal medida, porque essas estatais estão “obrigadas a prestar todas as informações necessárias à apuração dos fatos”. Os valores constam de uma tabela apreendida na casa de Carolina Oliveira.

Em nota, a "Marfrig informa que não efetuou qualquer pagamento para a empresa Oli Comunicações. A Marfrig desconhece as investigações mencionadas, não podendo assim  comentar um assunto do qual não tem informação."

Calada em depoimento
Em novembro de 2015, a primeira dama de Minas, Carolina Pimentel, ficou em silêncio, no inquérito da Operação Acrônimo - investigação sobre suposto esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro que teria beneficiado seu marido, o governador mineiro Fernando Pimentel (PT). Um delegado da Polícia Federal foi ao encontro de Carolina em um hospital de Belo Horizonte para tomar seu depoimento, mas ela nada não falou. Carolina seguiu orientação de seus defensores. Eles alegam que não tiveram acesso a parte dos documentos da Operação Acrônimo.

Carolina estava grávida de oito meses e meio. Ela não estava internada, mas seus defensores solicitaram a audiência no hospital sob supervisão médica.
A Acrônimo mira também o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, colaborador de campanhas do PT. Agentes da PF já fizeram buscas num apartamento de Carolina, localizado na Asa Sul, em Brasília, com base em suspeita de que a empresa da primeira-dama de Minas, a Oli Comunicação e Imagens, seja 'fantasma'.

A PF atribui a Carolina o papel de intermediária de Pimentel no recebimento de vantagens indevidas. Os advogados da primeira-dama negam a prática de ilícitos. Eles afirmam que a empresa de Carolina não é fachada e presta serviços efetivamente.






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