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Cinco mil homens do Hezbollah se juntaram ao exército de Assad
Cerca de 5 mil homens da organização islamita libanesaHezbollah atravessaram recentemente a fronteira da Síria para se juntar ao exército de Bashar al-Assad e intervir nas operações militares contra os rebeldes em Damasco, comunica o jornal árabe Alwatan.
O periódico responsabiliza o Hezbollah pela morte de cerca de 3 mil pessoas registrada nos últimos dias. Esta informação, porém, não é confirmada por outras fontes.
Reunião no Reino Unido vai preparar a Síria para era pós-Assad
Uma reunião fechada para a imprensa com a presença de especialistas e líderes da oposição síria será realizada quarta e quinta-feira no sul da Inglaterra para preparar o pós-Bashar al-Assad, anunciou nesta terça-feira o Ministério das Relações Exteriores que organiza o evento.
Especialistas na gestão de saídas de conflito, membros diretores da Coalizão opositora síria e representantes de países árabes e de agências multilaterais participarão da reunião fechada para a imprensa no Wilton Park, um centro de conferências no Sussex (sul), de acordo com o ministério.
"O objetivo do Reino Unido é estimular a reflexão internacional e preparar uma transição política conduzida pelos sírios", declarou um porta-voz do Foreign Office. "Estamos fazendo tudo o que podemos para acabar com a violência na Síria e chegar à verdadeira transição política", completou.
O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, repetiu nesta terça-feira no Twitter que a saída do presidente sírio Bashar al-Assad é inevitável. Ele considerou "essencial que a comunidade internacional prepare o amanhã da Síria", palco há 21 meses de um conflito que deixou mais de 60 mil mortos segundo a ONU.
Os debates serão supervisionados por um alto funcionário, David Quarrey, encarregado do Departamento de Oriente Médio e África no Foreign Office. O secretário de Estado, Alistair Burt, encerrará o evento na quinta-feira a tarde.
Domingo, em uma rara aparição pública, Bashar al-Assad propôs um plano político que o mantém no poder, solução rapidamente rejeitada pela Coalizão síria, que exige sua saída para pôr fim aos conflitos.
Cientista político afirma que equilíbrio de forças prolonga guerra na Síria
A guerra civil da Síria que, já vitimou 60 mil pessoas entre 15 de março de 2011 e 30 de novembro de 2012, e causou meio milhão de refugiados, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), está longe de terminar.
"Armas para a continuação dessa brutal guerra civil não faltarão, para nenhum dos dois lados", analisa o cientista social Theotonio dos Santos, (foto), professor emérito da Universidade Federal Fluminense (UFF), ao comentar a crítica do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ao presidente da Síria, Bashar al Assad.
Segundo Ki-moon, Assad teria rejeitado recomendações para uma transição de governo: "O discurso do secretário é pró-EUA, que via Turquia enviam material bélico pesado, obrigando o governo da Síria a responder também com artilharia pesada. Da parte do governo americano não se vê nenhuma disposição de negociar, parecendo que pretendem derrubar o presidente. Mas este é apoiado pelos russos, de forma que os dois lados estão muito bem armados", opina Santos, acrescentando que, por trás do conflito, há também o interesse de isolar o Irã.
"Há condições de enfrentamento durante muito tempo, a não ser que os EUA façam o que fizeram no Iraque e na Líbia: bombardeios. Os turcos estão articulados com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Mas um ataque terá que ser feito sem autorização das Nações Unidas, pois Rússia e China estão contra", destaca.
Rússia e EUA vão se reunir com enviado para Síria, diz agência russa
Diplomatas tentam saída pacífica para a revolta contra o presidente Assad. Guerra civil já matou mais de 60 mil, segundo a ONU. Diplomatas da Rússia e dos Estados Unidos planejam realizar uma reunião com o mediador internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, na sexta-feira, em Genebra, disse o vice-chanceler russo, Mikhail Bogdanov, nesta quarta (9), segundo a agência de notícias russa Interfax.
Diplomatas russos e norte-americanos já realizaram no último mês dois encontros com Brahimi, que tenta encerrar o conflito de 22 meses entre as forças do presidente sírio, Bashar al-Assad, e a oposição que busca derrubá-lo do governo.
Reuters
Nota da Redação do naval brasil:As exigências dos dois lados: Os americanos não querem negociações pacíficas – isso implicaria na permanência de Assad no poder; querem sim na Síria, um fantoche pró-EUA, por isso vão continuar apoiando e alimentando os rebeldes-terroristas.
A Rússia não quer perder seu aliado com saída para o Mediterrâneo, tampouco sua base naval muito bem equipada em Tartus – e também, não deixará a infâmia dos países traíras do Golfo pró EUA, tomarem conta de território tão perto de suas fronteiras – com o perigo de anulação parcial de seu poderio militar na direção do ocidente.
Passo seguinte, os EUA farão ameaças se apoiando na OTAN (com a mentira esfarrapada do suposto uso de armas químicas por Assad), pouco se importando com os ataques terroristas dos rebeldes contra civis inocentes. Por sua vez a Rússia que já tem navios de guerra preparados no litoral sírio e (claro) boas baterias de defesa antiaérea e antimísseis em Tartus e outras localidades da Síria, dirá aos EUA e a quadrilha da OTAN: Caiam dentro, amigos… !
Cá entre nós, a OTAN é muito boa para bombardear países militarmente capengas (Líbia, Iraque…); agora, atacar alguém que possua apoio e ainda um braço armado do sistema militar russo, a história muda de rumo.
Naval Brasil
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