O novo presidente da Petrobras, o engenheiro Pedro Parente anunciou esta semana, em sua primeira entrevista após ser nomeado pelo presidente interino Michel Temer para o cargo, que não haverá mais tolerância com indicações políticas para nenhum cargo na estatal. Parente assegurou estar sendo bastante "claro e taxativo" com relação ao assunto. Segundo o novo presidente da estatal, esta é a "orientação clara" de Temer.
Setores do PT reclamaram da nova determinação do governo. Muitos devem se questionar sobre os motivos que o partido teria para se queixar sobre a medida, já que de qualquer forma, não poderia indicar nenhum diretor. É exatamente aí que se percebe que a corrupção na estatal percorre caminhos obscuros que desembocam nos caixas dos partidos.
Caso não houvesse esta determinação, o PT poderia indicar, indiretamente, algum diretor na Petrobras, através de outros partidos, e assim, continuar se beneficiando de esquemas de corrupção, como tem feito ao longo dos últimos treze anos.
A empresa deve passar por uma faxina em seus quadros, ocasionando a demissão de um número ainda desconhecido de petistas, sindicalistas ligados a FUP (Federação Única dos Petroleiros) e até mesmo pessoas ligadas ao MST. Estimativas apontam a existência de milhares cargos criados pelo PT na estatal com salários de até R$ 90 mil. O partido deixará de arrecadar alguns milhões em doações de militantes lotados na empresa.
O Conselho de Administração da Petrobras vai avaliara indicação de Pedro Parente para o cargo de presidente da estatal na próxima semana, durante reunião extraordinária agendada para segunda (23).
pt reclama fim indicação de partidos para diretorias da Petrobras
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