Apesar das constantes sabotagens do PT durante a votação, o Congresso Nacional aprovou hoje (25) de madrugada, em votação simbólica, o projeto com a revisão da meta fiscal para 2016. O texto oficializa o rombo deixado pela presidente afastada, Dilma Rousseff e autoriza o governo federal a fechar o ano com um déficit primário de até R$ 170,5 bilhões nas contas públicas.[right-post]
“A aprovação da meta resulta em ajuste de receitas de forma real porque a receita que previa superávit de R$ 30 bilhões, que era o texto do governo anterior, era algo extremamente irreal. Estamos ajustando as receitas, ajustando as despesas e estamos retomando investimentos estratégicos para o país”, disse o senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Os parlamentares aprovaram o relatório do deputado Dagoberto (PDT-MS), que invocou o “momento excepcional” ao pedir a aprovação do texto. “Não podemos ignorar as dificuldades financeiras que o país vem enfrentando. O momento politico requer grande esforço de todos em prol da retomada do crescimento”, disse.
A meta fiscal, economia que o governo promete fazer para pagar a dívida pública, gira em torno da expectativa da receita arrecadada e também dos gastos. A nova meta com o déficit foi anunciada na sexta-feira (20) pelo então ministro do Planejamento, Romero Jucá, e pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
A derrota do PT de Lula e Dilma
A orientação do PT foi a de tentar de todas as formas impedir a votação. OS partidos que formam a oposição ao governo Temer, como o PCdoB, PDT, PSOL e Rede contaram com a liderança do PT e se esforçaram ao máximo para obstruir os trabalhos e prolongar a votação dos vetos. O objetivo era fazer com que a sessão acabasse sendo encerrada por falta de quórum e sem votar a meta fiscal.
Conseguiram atrasar a sessão, que durou mais de 16 horas, mas não chegaram nem perto de conseguiram impedir a aprovação do texto. Temer governa o Brasil com maioria e o PT se tornou apenas um empecilho, um pequeno inconveniente.