O retorno do czarismo ou de uma "União Soviética 2.0"
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O retorno do czarismo ou de uma "União Soviética 2.0"



Choques violentos e passeatas patrióticas marcam Dia do Trabalho. Enquanto manifestantes na Alemanha, Turquia e Grécia fazem protestos de fundo social e contrários ao governo, russos festejam onda de patriotismo

Manifestações e protestos em várias partes do mundo marcaram as comemorações do Dia do Trabalho nesta quinta-feira (01/05). Na Turquia, choques violentos entre a polícia e manifestantes deixaram pelo menos 50 pessoas feridas em Istambul. Na Alemanha, cerca de 400 mil trabalhadores e sindicalistas foram às ruas exigir benefícios. Houve ainda paralisações na Grécia e passeata pró-governo na Rússia.

Segundo a imprensa turca, cerca de 40 mil agentes policiais teriam sido mobilizados para conter a manifestação em torno da Praça Taksim, onde se concentrou a maior parte do efetivo – cerca de 15 policiais para cada manifestante. Confrontos violentos perduraram até o início da tarde do feriado.

Manifestantes atacaram os policiais com pedras, coquetéis molotov e morteiros. A polícia respondeu com gás lacrimogêneo e canhões d'água, finalmente dispersando o tumulto e impedindo o acesso à simbólica praça. O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdo?an, havia advertido repetidamente que não toleraria protestos do Dia do Trabalho no local, área central da metrópole e de forte valor simbólico para os oposicionistas.

A ONG Anistia Internacional considerou "deplorável" o procedimento da polícia de Istambul, afirmando que a ação visou reprimir o direito de livre expressão, de opinião e de reunião pacífica. Esses foram os primeiros conflitos graves na cidade às margens do Estreito do Bósforo desde a vitória do partido governista AKP nas eleições municipais, no fim de março. O governo Erdo?an enfrenta atualmente graves acusações de corrupção.

Em outras cidades da Turquia igualmente ocorreram passeatas de 1º de maio. Segundo dados da associação de advogados CHD, mais de 250 pessoas teriam sido presas em Istambul durante os choques, e outras 100 na capital Ancara.

Exigências na Alemanha

Na Alemanha, cerca de 400 mil foram às ruas pedir salário mínimo para todos, aposentadoria a partir dos 63 anos e um sistema tributário mais social. Até a tarde, todas as manifestações no país transcorreram basicamente de forma pacífica. Ainda assim, sobretudo em Berlim e Hamburgo – tradicionais palcos de violentos protestos trabalhistas de 1º de maio – a polícia adotou medidas de segurança em grande escala para a noite e a madrugada.

Greve na Grécia, patriotismo na Rússia

Na Grécia, milhares protestaram pacificamente pelo fim dos planos de austeridade do governo e por mais postos de trabalho. Em Atenas, houve paralisação de seis horas de ônibus, trens e transportes marítimos. Durante toda a manhã, nenhuma embarcação deixou o porto de Pireu.

Já na Rússia, o clima era de otimismo patriótico. Em Moscou, cerca de 100 mil pessoas reuniram-se na Praça Vermelha, na primeira passeata de 1º de maio desde o colapso da União Soviética, em 1991. Em meio a um mar branco, azul e vermelho de bandeiras russas, despontavam faixas com dizeres como "Paz – Trabalho – Putin".

Críticos do regime do presidente Vladimir Putin viram nas manifestações e palavras de ordem um sinal de que o chefe do Kremlin avança em direção a uma "União Soviética 2.0". Outros, por sua vez, recordam o imperialismo da era czarista.

A onda de orgulho nacional é inspirada pelo avanço dos movimentos separatistas pró-russos na Ucrânia. Festeja-se abertamente o "retorno" da Crimeia. Em Simferopol, capital da península no Mar Negro recentemente separada da Ucrânia e anexada pela Federação Russa, 60 mil foram às ruas, em louvor Putin e à "Mãe Rússia".

Defesa Net/DW



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