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ONU reconhece empenho da Síria e oposição está encurralada
Equipe de peritos da ONU recolhe evidências na Síria, a partir do acordo de cooperação com o governo de Bashar Al-Assad. (Associated Press)
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, também confirmou, nesta segunda-feira (28), o compromisso demonstrado pelo governo do presidente Bashar Al-Assad, na Síria, com o desarmamento químico. A crise síria vem sendo tratada diferentemente pela comunidade internacional desde a intervenção diplomática russa contra a ameaça de intervenção militar dos EUA, e a busca por uma solução política ao conflito com a oposição se intensifica.
Em um relatório transmitido ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), o secretário-geral da ONU assegurou que, apesar de os inspetores da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) ainda não terem investigado todos os locais, o governo de Damasco está cumprindo os seus compromissos com o acordo e com a resolução do conselho, aprovada no fim de setembro, para a destruição do seu arsenal químico.
Os inspetores da Opaq, encarregada de supervisionar a destruição das armas químicas sírias, de acordo com a resolução do Conselho de Segurança, “confirmaram a destruição funcional da capacidade de produzir, misturar e fazer o acabamento [das armas químicas] em todos os locais” que visitaram, sublinhou Ban.
“Esperamos que a destruição funcional da capacidade declarada da República Árabe Síria seja completada como foi plenejado, em 1º de novembro”, declarou o secretario-geral, que destacou ainda a “cooperação total” do governo sírio neste trabalho, que debe culminar com a eliminação de todo o arsenal químico do país até meados de 2014.
O enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Lakhdar Brahimi, chegou a Damasco nesta segunda-feira (28) para abordar a atual crise síria e fazer os preparativos necessários para a celebração da Conferência Internacional de Genebra 2, sobre a Síria.
Diálogos políticos internacionais
A autodenominada Coalizão Nacional de Forças da Revolução e Oposição Síria (CNFROS) tem se negado a participar da conferência, e coloca como condição que o presidente Assad se demita do governo.
Algumas autoridades têm previsto a realização da reunião entre 23 e 24 de novembro, mas a recusa de participação do grupo já tem prorrogado as negociações políticas há meses, com a situação do país em deterioração.
O embaixador dos Estados Unidos na Síria, Roberto Ford, ameaçou desmantelar a principal força oposição no país, caso o grupo não deixe de bloquear a conferência, com a qual o seu país concorda, em negociações com a Rússia sobre a sua realização.
De acordo com a página da emissora libanesa Al-Mayadin, em matéria desta terça-feira (29), o embaixador teria feito duras advertências neste sentido ainda na semana passada, durante uma reunião com o grupo opositor na Turquia.
Entretanto, a oposição tem se mantido resoluta contra o governo de Assad, através da violência disseminada no país, a partir do apoio dos EUA, de países europeus e de vizinhos, como a própria Turquia, a Arábia Saudita e o Catar.
De acordo com informações anteriores, porém, durante encontro com o grupo, Ford havia declarado que Washington não ratificaría suas demandas com relação à demissão do presidente Assad, já que a conferencia Genebra 2 tem como objetivo buscar um governo de transição e a negociação política para o fim da violência.
Por outro lado, o vice-primeiro-ministro da Síria, Qadri Jamil, anunciou que, em seus últimos encontros com autoridades estadunidenses, notou uma mudança de postura de Washington, ao considerar que os EUA compreenderam o alto risco da continuação da crise síria para a região e para o mundo.
Com HispanTV,
Da redação do Vermelho
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