Países europeus reagem à decisão de Israel de construir novos assentamentos.Israel minimiza críticas de países europeus por ampliação de colônias
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Países europeus reagem à decisão de Israel de construir novos assentamentos.Israel minimiza críticas de países europeus por ampliação de colônias


Premiê britânico, David Cameron (esq.), e embaixador israelense em Londres, Daniel Taub, durante cerimônia 

Embaixadores israelenses foram convocados e diplomatas afirmam que medidas mais duras estão sendo consideradas por Londres e Paris

Reino Unido, França e Suécia convocaram nesta segunda-feira (03/12) os embaixadores israelenses de seus países para uma reunião a fim de protestar contra a decisão de Israel de construir novos assentamentos no território palestino. De acordo com diplomatas europeus consultados pela mídia internacional, Londres e Paris ainda consideram retirar seus embaixadores do país pela primeira vez e aprovar outras medidas retaliativas.

“Desta vez, não será apenas uma condenação, haverá ação real contra Israel”, disse um oficial europeu ao jornal israelense Haaretz. “As autoridades britânicas estão furiosas sobre a decisão de expandir os assentamentos”, afirmou outro diplomata.

A decisão do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, de continuar a construção de colônias na zona E1 em Jerusalém Oriental e de 3 mil casas nos territórios palestinos ocupados da Cisjordânia, enfureceu as autoridades europeias e norte-americanas por comprometer o funcionamento de um futuro estado palestino. Caso o plano seja colocado em prática, os novos assentamentos devem interromper a continuidade territorial entre o norte e o sul da Cisjordânia, impossibilitando, assim, a solução de dois estados.

A ação seria uma resposta à votação realizada nas Nações Unidas nesta sexta-feira (31/11) que elevou a Palestina à categoria de estado observador não-membro na entidade,

O Reino Unido e a França estão coordenando suas ações em relação a Israel e devem anunciar novas represálias nos próximos dias, informaram diplomatas não identificados ao Haaretz. Segundo as informações, os governos estão considerando suspender diálogos estratégicos com Tel Aviv, rotular produtos israelenses originados dos territórios palestinos ocupados e até promover sanções contra as colônias. Os oficiais disseram que a Casa Branca e Berlim foram comunicados sobre essas possíveis iniciativas.
Plano de expansão do assentamento de Ma'ale Adumim, congelado desde 2009

Os embaixadores Daniel Taub em Londres, Yossi Gal em Paris e Isaac Bachman em Estocolmo foram informados nesta segunda (03/12) pelos governos europeus que Israel deve voltar atrás em sua decisão de continuar a construção dos assentamentos.

Reino Unido

“O Reino Unido lamenta a decisão recente do governo de Israel de construir 3 mil unidades habitacionais no assentamento Cisjordânia e de descongelar o desenvolvimento do bloco E1. Isto ameaça a viabilidade da solução de dois Estados e pedimos ao governo israelense para reverter a decisão", disse Alistar Burt, secretário britânico para o Oriente Médio e África do Norte, ao embaixador israelense.

“Todas as opções estão na mesa”, disseram diplomatas britânicos citados pela emissora Sky News. De acordo com os oficiais, as autoridades estão pensando em propor a suspensão de acordos comerciais com Israel em instituições europeias.

Outros países europeus

O ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, disse que os planos israelenses eram de “construir uma nova área de colonização” e que se confirmados, iria “minar a confiança necessária em uma retomada das negociações com as autoridades palestinas”.

O embaixador holandês Caspar Veldkamp, o da União Europeia Andrew Standley e o vice-embaixador alemão ligaram para o Ministério de Relações Exteriores neste domingo (02/12). Veldkamp disse que seu país, que se absteve na última votação na ONU sobre o reconhecimento do Estado da Palestina, não vai mais apoiar Israel nos próximos passos diplomáticos.

Novas medidas contra palestinos

O Conselho de Ministros de Israel, aprovou neste domingo (02/12), por unanimidade, uma resolução oficial que rejeita o reconhecimento da Palestina pela ONU (Organização das Nações Unidas) como estado observador não-membro. O órgão, presidido pelo primeiro-ministro israelense, o conservador Benjamin Netanyahu, declarou que o estado israelense tem o direito de reivindicar os territórios em disputa “na Terra de Israel”.

Israel ainda anunciou que não repassará, neste mês, os impostos coletados em nome da ANP. "Eu não penso em transferir dinheiro neste mês. Vou usá-lo para pagar pelas dívidas que a ANP contraiu com a empresa de eletricidade", disse o ministro das Finanças de Israel, Yuval Steinitz.

 Nesta segunda-feira (03/12), uma fonte dentro do Escritório do Primeiro-Ministro informou que o governo está planejando novas medidas contra as autoridades palestinas. “Os palestinos vão logo perceber que eles fizeram um erro ao tomar passos unilaterais”, disse o oficial ao Haaretz.

Israel minimiza críticas de países europeus por ampliação de colônias

Governo israelense diz que já havia advertido comunidade internacional de represálias à decisão da ONU


O governo israelense minimizou nesta segunda-feira (03/12) as críticas de diversos países europeus decorrentes do anúncio de ampliação das colônias judaicas em território palestino ocupado.

"Temos muito boas relações com estes países. Estão criticando publicamente nossa decisão, sendo que também não estamos particularmente contentes com o voto dos mesmos na ONU", declarou à Agência Efe o vice-porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Paul Hisrschon.

Em relação à decisão de Londres e Paris de convocar os embaixadores israelenses Daniel Taub e Yossi Gal, respectivamente, Hisrschon assegurou que chamar um embaixador para transmitir-lhe um protesto não deixa de ser "algo normal", o que também foi citado pelo porta-voz da Chancelaria israelense, Yigal Palmor.

"Convocaram nossos embaixadores para protestar contra o anúncio de mais assentamentos. Obviamente, nós tínhamos advertido a comunidade internacional e os países europeus que a iniciativa palestina na ONU viola os acordos [de paz de Oslo] e que esse fato não ficaria sem consequências. Portanto, não deveriam estar surpreendidos", declarou Palmor.

Além de França e Reino Unido, a Rússia também pediu para que Israel revise a sua decisão. "A realização destes novos e amplos planos de assentamento repercutirá negativamente nos esforços de reatamento das negociações diretas encaminhadas a uma solução de dois Estados para o conflito palestino-israelense", argumentou Moscou em uma nota.

O governo russo também lamentou o bloqueio, por Israel, das verbas destinadas à Palestina, pois tal fato "complicará ainda mais a já difícil situação econômica e humanitária dos territórios palestinos".

O porta-voz israelenses, por sua vez, indicou que a Europa sabe que "Abu Mazen [o presidente palestino Mahmoud Abbas] rejeitou qualquer possibilidade de reiniciar o processo de paz e, por isso, deveriam pressioná-lo para que aceite reiniciar as negociações".

O Ministério de Relações Exteriores "não tem nenhum temor" que haja uma deterioração nas relações com a Europa, nem que a União Europeia tome medidas de represália contra Israel, como suspender os acordos de associação especial e os de condições preferenciais de comércio.

"Não nos transmitiram nenhuma medida concreta", afirmou Palmor, que acrescentou que "não se deve minimizar a gestão diplomática. É um protesto muito forte, mas que está dentro do marco de uma relação diplomática normal".

Opera Mundi



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