A assessoria de imprensa do presidente em exercício Michel Temer informou nesta quarta-feira (18) que o secretário de Cultura do Rio de Janeiro Marcelo Calero, de 33 anos, comandará a nova Secretaria de Cultura do governo federal, vinculada ao Ministério da Educação, comandado por Mendonça Filho (DEM-PE).
Nascido no Rio, Marcelo Calero estudou no Colégio Santo Inácio e se formou em Direito na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Tem passagens pela CVM e pela Petrobras, antes de atuar na embaixada do México.
Na Prefeitura do Rio trabalhou na Assessoria Internacional e chegou a acumular a Secretaria Municipal de Cultura e a presidência do Comitê Rio450, órgão criado para organizar a celebração do aniversário da cidade.
Ao "O Globo", em fevereiro de 2015, pouco após assumir o cargo de secretário ele afirmou que "toda política pública ligada à cultura tem que dar espaço à experimentação, ao desenvolvimento de linguagens, às novidades".
Cultura
Até a semana passada, a Cultura tinha um ministério próprio, que era comandado por Juca Ferreira. No último dia 12, contudo, após assumir como presidente em exercício, Michel Temer editou uma medida provisória (726/2016) na qual determinou mudanças na composição do governo.
Entre essas mudanças, a pasta foi incorporada pelo Ministério da Educação, que voltou a ser o Ministério da Educação e Cultura - nome que teve até 2003, quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva separou as duas pastas. O ex-líder do DEM na Câmara Mendonça Filho (PE) assumiu a pasta a convite de Temer.
Após a publicação no “Diário Oficial”, uma medida provisória passa a valer como lei, e o Congresso tem até 120 dias para mantê-la ou derrubá-la.
A decisão do presidente em exercício Michel Temer de extinguir o Ministério da Cultura e transferir as atribuições da pasta para a Educação gerou diversos protestos de artistas e servidores da pasta nos últimos dias.
Com a repercussão negativa, Temer anunciou que toda a estrutura da Cultura atual será mantida e transferida para uma secretaria – sem o status de ministério.
Antes de indicar Calero, a intenção do peemedebista era nomear uma mulher para a comandar a área e, assim, responder às críticas pelo fato de o primeiro escalão do governo não ter nenhuma mulher no comando de pastas.
Segundo escalão
As nomeações para o segundo escalão do governo começaram no início desta semana. Além de secretários-executivos das pastas e chefes de gabinetes dos ministros, alguns nomes passaram a ser confirmados.
Entre esses nomes estão os de Maria Silvia Bastos para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento e Econômico e Social (BNDES), subordinado ao Ministério do Planejamento, e Flavia Piovesan na Secretaria de Direitos Humanos, vinculada ao Ministério da Justiça.
Além disso, o ex-advogado do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Gustavo do Vale Rocha foi nomeado subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil e o ex-assessor especial de Cunha Carlos Henrique Sobral, chefe de gabinete do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.
Já na área econômica, o economista-chefe do Banco Itaú Ilan Goldfajn foi indicado para a presidência do Banco Central.