Possível transferência de tecnologia americana ao Brasil em caso de compra de caças
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Possível transferência de tecnologia americana ao Brasil em caso de compra de caças


Os EUA estão competindo com a França e a Suécia para vender caças ao Brasil e uma operação bem sucedida, poderia abrir outros mercados para eventual vencedor, e o Brasil quer melhorar as relações com os EUA em outras áreas.

O Brasil está interessado em comprar caças norte-americanos, mas quer maior acesso à tecnologia e o Congresso dos EUA está disposto a permitir isso. “A informação que temos é que há restrições ao compartilhamento de tecnologia impostas pela legislação dos EUA, por isso queremos abrir um debate sobre este assunto”, disse o deputado Nelson Pellegrino, presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa (CREDN) da Câmara dos Deputados.

O caça norte-americano Boeing F-18 Super Hornet está participando de uma licitação para compra pelo Brasil, competindo com o francês Rafale da Dassault e o sueco Gripen da Saab. O governo brasileiro ainda não definiu um prazo para a decisão sobre a compra.

Uma maior disposição dos EUA em transferir tecnologia para o Brasil pode abrir novas oportunidades para ambos os países, disse o Dep. Nelson Pellegrino. O Brasil está considerando projetos de modernização de potencial interesse para empresas norte-americanas nas áreas aeroespacial, militar, marítimo, vigilância e tecnologias de satélite. O Brasil também tem um grande peso diante de outros países, observou o deputado. “O que está em jogo não é apenas 36 caças que o Brasil vai comprar, mas todo o mercado que o Brasil pode abrir na América Latina, África e Oriente Médio”, disse ele. “O Brasil é uma referência para todos esses países, de modo que a compra pelo Brasil poderia ser seguido por eles também”.
Ele disse que a recente decisão da USAF em comprar aviões de treinamento Super Tucano da Embraer é como “um sinal positivo”, mas a questão permanece quanto a disposição dos EUA em compartilhar tecnologia. Qualquer redução das restrições de transferência de tecnologia “ajudaria muito” a persuadir o Brasil em comprar equipamentos militares dos EUA, disse ele.
O Dep. Pellegrino disse que o Brasil também fez questão de melhorar as relações com os EUA em outras áreas. O Congresso Nacional, segundo ele, planeja enviar uma delegação aos EUA entre os dias 18 e 23 de maio, para discutir com os seus pares norte-americanos, uma maior cooperação em questões como imigração, combate ao terrorismo e controle do tráfico de drogas, bem como de defesa.

Em relação aos eventos, às vezes tumultuada na América do Sul, o Dep. Pellegrino foi otimista nas recentes controvérsias eleitorais na vizinha Venezuela e Paraguai, que em breve serão resolvidas e que ambos os países serão aceitos como parceiros plenos do bloco regional de comércio do Mercosul. Ele disse ainda que o Brasil não tem motivos para duvidar da vitória eleitoral de Nicolas Maduro, na Venezuela, notando que observadores independentes apoiaram o resultado e que foi produzido pelo mesmo sistema eleitoral que deu a vitória ao candidato da oposição Henrique Capriles em seu estado natal.

“A impressão que tenho é que a situação no país está mais calma”, disse ele. “Eu acho que a tendência é para a vitória (de Maduro) ser consolidada.” No que diz respeito as negociações com o vizinho Paraguai, e sua suspensão do Mercosul após o impeachment do ex-presidente Fernando Lugo, o Dep. Pellegrino disse que espera um retorno às relações normais antes do final do ano. “Se o Paraguai demonstrar que restabeleceu um Estado democrático pleno, eu acho que pode ser re-incorporado ao Mercosul sem problemas”, disse ele.

Disse também que o governo do Brasil provavelmente vai iniciar o retorno do Paraguai, assim que o presidente eleito do país, Horacio Cartes, assumir o cargo em 15 de agosto.

Pellegrino disse que a eleição desta semana do embaixador brasileiro Roberto Azevedo como o novo diretor da Organização Mundial do Comércio (OMC) vai levar a “um diálogo melhor” entre os países industrializados e emergentes. “Nós sabemos como trabalha a OMC e não queremos modificar isso”, disse ele. “O que nós queremos fazer é uma cooperação mais eficaz entre os países para permitir que o comércio mundial avance.

FONTE: Dow Jones International



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