Prioridade do Governo de Israel é impedir um Irã nuclear
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Prioridade do Governo de Israel é impedir um Irã nuclear


O reeleito primeiro-ministro israelita acena aos apoiantes na sede do seu partido em Telavive.
Fotografia © Nir Elias/Reuters

A primeira prioridade do novo Governo israelita é impedir que o Irã consiga a bomba atômica, afirmou o primeiro-ministro cessante e vencedor das eleições realizadas na terça-feira, Benjamin Netanyahu, noticia a agência AFP.

"O Governo que vamos formar vai assentar em cinco princípios, o primeiro dos quais é prevenir um Irã nuclear", disse, depois da vitória por escassa margem da sua lista Likud-Beitenu, referindo-se ao programa civil nuclear iraniano, que Israel e muitos dirigentes ocidentais consideram uma máscara para o desenvolvimento de armas nucleares.

Durante o seu mandato de primeiro-ministro, ao longo de quase quatro anos, Netanyahu afirmou, de forma consistente, que prevenir um Irã nuclear era a sua primeira prioridade.

No lançamento oficial da campanha para a sua reeleição, em dezembro, reiterou que essa continuaria a ser "a sua primeira missão como primeiro-ministro".

Num discurso na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro passado, Netanyahu disse que se o Irã continuar a trabalhar ao mesmo ritmo teria o material necessário para uma primeira bomba em meados de 2013.

Israel tem recusado excluir a opção militar das medidas a que pode recorrer para prevenir o Irã de se dotar de armas nucleares, se bem que vários analistas têm expressado dúvidas sobre a capacidade militar israelita para fazer um ataque efetivo sozinho.

Os outros princípios mencionados por Netanyahu de um novo Governo que venha a liderar foram os de estabilizar a economia, esforçar-se pela paz, promover um serviço militar e cívico mais igualitário e reduzir o custo de vida.

Projeções divulgadas pelo Canal 2 da televisão israelita, no fecho das urnas às 20:00, davam o Likud a conquistar 31 dos 120 lugares do Knesset, o parlamento de Israel, seguido pelo Yesh Atid, com 19 assentos, pelo Partido Trabalhista, de centro-direita, com 17 mandatos, e pelo partido religioso de extrema-direita Casa dos Judeus, com 12 lugares no parlamento.

Os partidos ulta-ortodoxos Shas e United Torah–Judaism conquistaram 12 e seis assentos, respetivamente, enquanto o partido centrista Hatnua, da antiga chefe da diplomacia israelita Tzipi Livni, obteve sete, tal como o partido pacifista de esquerda Meretz.

Os três principais partidos árabo-israelitas conquistaram um total de nove lugares no Knesset, dos quais quatro para o socialista Hadash, três lugares para a nacionalista Formação Árabe Unida e dois para o secular Balad.

Eleições apertadas – Israelitas mostraram cartão amarelo à política de Netanyahu

Benjamin Netanyahu quase perdeu o comboio nesta eleição legislativa. Continua a comandar a máquina, mas vai ter que acrescentar-lhe carruagens de várias cores.

Os eleitores dispersaram o voto. E foi um novo partido de centro-esquerda que surpreendeu.

“Estou um pouco surpreendida, não esperava que Yair Lapid tivesse tantos votos. Estou surpreendida e, ao mesmo tempo, como dizer, frustrada porque pensei que Bennett teria mais votos”, afirma uma eleitora.

Yair Lapid é o homem que ensombrou a vitória de Netanyahu, líder do Yesh Atid, que alcançou 19 lugares no parlamento e que se tornou incontornável.

Outro eleitor considera: “É uma oportunidade para o governo para acabar com a influência, a enorme influência, dos partidos religiosos. O primeiro-ministro mostrou que não tem um mandato assim tão forte, mas que o povo ainda o quer como primeiro-ministro”.

“Com a ajuda de Deus, a esquerda e o Shas estão a ganhar força e a verdadeira mudança está a começar para o povo de Israel. É tempo de derrubar o capitalismo, e é tempo de ter habitação social e a preços razoáveis para todos”, defende um terceiro.

O primeiro-ministro centrou a campanha nas questões da segurança do Estado e nas relações externas. Com este voto, os israelitas mostraram que, para eles, a prioridade são os problemas económicos e sociais e a paz.

Naval Brasil



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