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Rússia anuncia testes no rumo do submarino virtualmente indetectável pelos sonares
Submarino do Projeto 677 docado; a grande dúvida dos pesquisadores do Krylov é se o material composto anti-sonar pode revestir completamente o casco do submersível ou constituir a matéria-prima de só alguns dos seus elementos estruturais
Submarinos de ataque russos virtualmente indetectáveis… Será isso possível?
O Centro de Pesquisa Estatal Krylov, de São Petersburgo, na Rússia, anunciou, nesta primeira semana de julho, ter desenvolvido tecnologias inovadoras capazes de diminuir, significativamente, a capacidade dos sonares de detectar submarinos submersos.
De acordo com Valeriy Shaposhnikov, chefe da unidade de construção e resistência de cascos navais do Krylov, a redução da “assinatura” acústica dos submersíveis se deve à introdução de revestimentos metálicos elaborados com materiais compostos multicamadas, cuja estrutura e consistência permitem absorver – sugar – as ondas emitidas pelos sonares.
Isso impede que, no meio subaquático, as tais emissões sejam, simplesmente, rebatidas, de forma denunciadora e indesejada (pelos submarinistas), por meio das propriedades explicadas pela hidroacústica (acústica submarina).
“Esse efeito é fornecido pela estrutura interna extramente complexa do composto desenvolvido pelo Krylov”, explicou Shaposhnikov.
Teses sobre materiais que “chupam” ondas acústicas, em vez de refletí-las, não são, exatamente, uma novidade. Elas vem sendo perseguidas desde, pelo menos, a década de 1970, por laboratórios associados a empresas que constroem submarinos na Alemanha, nos Estados Unidos, na França e na Inglaterra. Mas agora o Krylov (que tem esse nome em homenagem ao projetista naval e matemático Aleksey Krylov, falecido em 1945) anuncia que está na frente. Suas novas tecnologias já estão em fase de testes.
Desenho do Projeto 677, onde se destacam estruturas menores, como aletas estabilizadoras e lemes
Projeto 677 – Inicialmente os pesquisadores russos depositavam blocos de um casco revestido com os materiais compostos no fundo do mar, e embarcações dotadas de sonar tentam localizá-los a partir da superfície.
Mas até mesmo esse estágio de avaliações já sofreu uma evolução: segundo o engenheiro do Krylov, um submarino diesel-elétrico da classe Lada (Projeto 677) de 2.700 toneladas, já foi equipado com um leme feito com a tecnologia anti-sonar de materiais compostos.
Caberá, agora, aos escritórios de projetos navais russos, dizer se o material proposto pelo Krylov pode, ou não, ser usado com a densidade (espessura) que o casco de um grande submarino de ataque requer – ou se as novas tecnologias são aplicáveis, apenas, a algumas partes estruturais do submersível (o que também não deixaria de representar um avanço).
Plano Brasil
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