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Rússia avisa a Israel a deter aventurismo na Síria
(29-12-2015) Uma delegação oficial da Rússia visitou “em secreto” os territórios palestinos ocupados para abordar o conflito sírio e alertar as autoridades israelenses sobre suas incursões militares na Síria.
Meios de comunicação russos informaram no domingo que a delegação da Rússia, encabeçada por Alexander Lavrentiev, enviado especial do presidente Vladimir Putin para Síria, visitou na quinta-feira os territórios ocupados e se reuniu com o conselheiro para a segurança de Israel,Yossi Cohen, quem já foi nomeado chefe do serviço secreto do Mossad (agência de espionagem do regime israelense).
Segundo informou o jornal russo Gazeta.ru, Lavrentiev avisou ao regime de Tel Aviv a abstener-se de enviar forças ao território sírio e insistiu na necessidade de resolver a crise no país árabe por vías pacíficas e negociadas, igual que, recordou, o determina uma resolução aprovada na semana passada no Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU).
O jornal também informa que aeronaves israelenses violaram repetidas vezes o espaço aéreo sírio com o objetivo de atacar posições do Exército sírio ou do Movimento da Resistência do Líbano (Hezbolá) que lutam contra os terroristas em território sírio.
Os ataques israelenses no território sírio poderiam estar destinados a debilitar o Exército do país árabe, dado que já existem evidências sobre cooperações entre o regime israelense e grupos terroristas como o Frente Al-Nusra (filial da Al-Qaeda na Síria) que lutam para derrocar o Governo do presidente sírio, Bashar al-Asad.
A última incursão militar israelense na Síria ocorreu no passado 20 de dezembro, quando Samir Kuntar, um destacado líder do Hezbolá — quem esteve preso durante anos pelo regime de Tel Aviv — perdeu a vida junto a outras oito pessoas num bombardeio aéreo israelense em Damasco, capital síria.
Israel liberou a Kuntar em 2008 após mantê-lo preso por 29 anos, mas não o deixou em paz; tentou assassiná-lo no passado julho num ataque aéreo contra um carrro em que se acreditava que viajava Kuntar numa localidade próxima de Damasco.
O jornal russo Gazeta.ru agrega que, na reunião da quinta-feira, a parte israelense pediu às autoridades russas não proporcionar armas aos combatentes do Hezbolá, grupo de resistência que Israel considera como uma organização terrorista.
Enquanto Israel se esforça em apresentar diante os círculos internacionais o Hezbolá como um organismo terrorista, Rússia assegurou em novembro que dito movimento é uma força sócio-política legítima e que Moscou não o reconhecerá como um grupo terrorista na lista internacional de organizações deste tipo.
Fonte: hispantv.com
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