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Rússia diz que estudo da proposta de Obama sobre desarmamento levará tempo
Moscou – O vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, (foto), afirmou que o estudo da proposta do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de reduzir em um terço os arsenais estratégicos dos dois países "levará tempo", em declarações publicadas nesta quinta-feira pelo jornal "Kommersant".
"Nossa postura estará de acordo com as nossas tarefas para garantir a segurança nacional e o fortalecimento da paz. A análise (da proposta de Obama) compete a muitos departamentos e levará tempo", disse Ryabkov.
O vice-ministro russo afirmou que o atual conceito de estabilidade estratégica "difere substancialmente daqueles que existiam no passado".
Ryabkov explicou que, além do papel das armas nucleares e dos assuntos relativos a este tipo de armamento, também serão considerados pelas autoridades russas outros fatores como a situação da defesa antimísseis e a criação de armas convencionais de alta precisão.
Além disso, acrescentou Ryabkov, será analisada a perspectiva do uso militar do espaço e o fato de que uma série de países preferem se abster de acordos sobre o controle de armamentos.
Ontem, o presidente russo Vladimir Putin assegurou que a Rússia não permitirá que se altere o equilíbrio do sistema de dissuasão nuclear.
"Não podemos permitir que se altere o equilíbrio do sistema de dissuasão estratégica ou que se reduza a eficácia de nossas forças nucleares", afirmou o chefe do Kremlin em reunião governamental sobre o desenvolvimento da indústria de defesa espacial, citado pelas agências russas.
Por isso, explicou, "a criação de uma defesa militar-espacial será no futuro uma das principais linhas da indústria militar".
Putin disse em muitas ocasiões que a Rússia não vai renunciar ao seu arsenal nuclear até que disponha de armamento sofisticado que cumpra a mesma função, além de defender a manutenção da paridade nuclear com os EUA, pois a considera como um elemento de estabilidade internacional.
"Que ninguém se iluda sobre esse assunto. Só renunciaremos às armas nucleares quando dispusermos de armamento similar e nem um dia antes", disse Putin em 2012.
EFE
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