Rússia e China têm grandes planos de cooperação militar
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Rússia e China têm grandes planos de cooperação militar


A Rússia e a China irão desenvolver a cooperação técnico-militar e os contatos a nível de ministérios da defesa, foi o acordo a que chegaram os dois líderes dos dois países durante a visita de Vladimir Putin à China.

Essa cooperação é um importante fator para a estabilidade e segurança na região e em todo o mundo, sublinhou o presidente russo no final das conversações com o seu homólogo chinês Xi Jinping, realizadas em Xangai.

As visitas russo-chinesas ao mais alto nível nunca são acompanhadas de informações sobre novos contratos na área da cooperação técnico-militar. As questões práticas raramente são refletidas nos documentos finais, eles apenas sublinham a importância da cooperação nessa área. O acontecimento fundamental para a cooperação técnico-militar russo-chinesa são os encontros da comissão intergovernamental para a cooperação militar, cujos co-presidentes são os ministros da defesa. Esses encontros se realizam normalmente em outubro-novembro de cada ano.

Apesar de durante os encontros ao mais alto nível não se realizarem acordos concretos na área do comércio de armamento, os líderes dos dois países poderão abordar, durante as conversações, as dificuldades existentes na concretização de projetos ou acordar a abordagem de novas áreas. Neste momento há dois grandes negócios que estão numa fase mais desenvolvida: os fornecimentos à China de 24 caças Su-35 e de uma remessa de sistemas de mísseis antiaéreos S-400 (possivelmente até 12 divisões).
SU-35
S-400 Triumf

A dinamização da evolução dos trabalhos no âmbito desses dois acordos já se tinha notado nos meses anteriores. Até ao fim do ano poderão surgir os contratos e até meados de 2016 poderão ser realizados os primeiros fornecimentos. É possível que os líderes dos dois países se tenham conseguido entender para acelerar um pouco os trabalhos nessa direção. Simultaneamente prosseguem os trabalhos no projeto do fornecimento à China de quatro submarinos da classe Amur-1650, sendo dois deles construídos na Rússia e dois na China. Depois de terminada a definição do equipamento técnico dos submarinos, se pode igualmente esperar a assinatura desse contrato.

As futuras conversações poderão abordar os fornecimentos à China de novos equipamentos ou tecnologias. Aqui podem surgir problemas devido a vários tipos de limitações políticas e receios de fuga de tecnologias. Poderá se tratar de usinas nucleares flutuantes desenvolvidas na Rússia e que utilizam reatores navais modificados. Neste momento a China está desenvolvendo, ela própria, reatores nucleares para o seu futuro porta-aviões. Também é possível negociação do fornecimento à China de reatores nucleares para sondas espaciais. Esses reatores poderão ser úteis para os satélites de reconhecimento equipados com radares potentes.

Tendo em conta a dinâmica da construção das forças estratégicas nucleares, não se deve excluir a hipótese de a China estar interessada em tecnologias russas usadas na construção de sistemas de alerta precoce contra ataques de mísseis (BMEWS). A construção de um sistema próprio de alerta permitiria aos chineses aumentar consideravelmente a capacidade de sobrevivência das suas próprias forças nucleares e conceder-lhes a capacidade de realizar um ataque de resposta precoce.

No caso de uma resposta precoce, os mísseis são lançados depois do lançamento dos mísseis inimigos, mas antes de eles atingirem os alvos no território atacado. Isso, em princípio, permite reduzir a probabilidade de o inimigo lançar um ataque preventivo. Provavelmente, terão perspetivas de desenvolvimento quaisquer tecnologias relacionadas com armamentos submarinos, que neste momento são uma das prioridades da marinha chinesa.

Nas atuais condições da situação política, poderá ser discutida provavelmente a correção da anterior abordagem cautelosa, por parte da Rússia, da cooperação técnico-militar com a China. É possível que a importância deste encontro ao mais alto nível seja precisamente o registrar dessa nova realidade, enquanto os acordos específicos deverão ser abordados nos meses seguintes durante 2014.

Voz da Rússia



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