Após suspeitas levantadas por autoridades ocidentais, Rússia negou ter enviado míssil aos rebeldes e afirma que caça ucraniano é responsável por queda
O Ministério da Defesa russo insiste na teoria de que um caça militar ucraniano voava próximo do Boeing-777 da Malaysia Airlines e que esta foi a real causa da queda do MH17 na última quinta-feira, 17. Segundo relatórios do país, um jato modelo SU-25 estava entre 3 e 5 km de distância do avião malaio.
Na segunda-feira, o General do Estado-Maior das Forças Armadas russas negou que Moscou tenha entregado sistemas de mísseis Buk ou outras armas aos rebeldes pró-Rússia.
“Ao mesmo tempo [do voo do avião malaio na região], se observou a ascensão de uma aeronave da Força Aérea ucraniana, possivelmente um SU-25, a uma distância de três a cinco quilômetros do Boeing", disse o general Andrei Kartapolov, chefe de operações do Estado-Maior russo.
Na contramão da teoria russa, o governo ucraniano e os Estados Unidos afirmaram ter em mãos fotos de satélites que comprovam o envio do míssil que teria derrubado o avião. Porém, o general pediu, em nome da Rússia, que os Estados Unidos entreguem tais provas à comunidade internacional.
"Segundo as declarações de representantes dos Estados Unidos, eles têm em seu poder fotos de satélite que confirmam que o míssil lançado em direção ao avião malaio foi disparado por milicianos, mas ninguém viu essas fotos", questionou Kartapolov.
De acordo com autoridades russas, "[além do veículo ucraniano] havia um aparelho espacial dos Estados Unidos que sobrevoava regiões do sudeste da Ucrânia", minutos antes da queda do avião. "Trata-se de um sistema espacial destinado a detectar e seguir diferentes trajetórias de lançamentos de mísseis. Se os americanos têm fotos de satélite, seria muito amável concedê-las à comunidade internacional para seu estudo", ressaltou o general.
Após as últimas acusações vindas da Rússia, o premiê britânico, David Cameron, insistiu que a Ucrânia não tinha sistemas de mísseis na região no momento em que MH17 caiu.
O acidente
O avião viajava de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia, com 298 pessoas (283 passageiros e 15 tripulantes) a bordo. O Boeing 777 deveria ter pousado em Kuala Lumpur às 6h10 da manhã de sexta-feira (19h10 da quinta-feira no horário de Brasília), mas caiu, por volta das 10h21 (de Brasília) perto da fronteira entre Ucrânia e Rússia, uma das regiões do país onde milícias pró-Rússia enfrentam as forças ucranianas. Todos a bordo morreram.
Com informações do The Huffington Post e EFE.Defesa Net
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