SBr – Submarino ‘Riachuelo’ (S40)
De tudo

SBr – Submarino ‘Riachuelo’ (S40)


A Marinha do Brasil receberá a partir de 2015 seu primeiro submarino construído no novo Estaleiro de Itaguaí.
O PROSUB – Programa de Desenvolvimento de Submarinos – prevê a construção de 4 submarinos de propulsão diesel-elétrica, comumente conhecido como submarino convencional ou SBr.
O Riachuelo (S40), será o primeiro submarino desta nova classe, e será seguido pelos submarinos Humaitá (S41) ,Tonelero (S42) Angostura (S43).
Esta nova classe é derivada do modelo Scorpène, fabricado pelo grupo francês DCNS e que já foi vendido para as Marinhas do Chile (2), Malásia (2) e Índia (6).
O Riachuelo terá um deslocamento entre 2.000 a 2.200 toneladas submerso e 75 metros de comprimento, sendo portanto, bem diferente de outros modelos Scorpène. Com um Motor Elétrico Principal (MEP), Jeumont-Schneider EPM Magtronic  de 2.915(KW) à 150 rpm, o Riachuelo poderá desenvolver submerso, velocidade acima de 21 nós. O motor propulsor e os sistemas auxiliares são alimentados pelas baterias que estão distribuídas em 2 compartimentos, cada um com 220 células, conferindo ao submarino um desempenho excelente.  As baterias precisam ser recarregadas periodicamente pelos diesel-geradores, o que obriga o submarino a utilizar o Snorkel periodicamente. Estudos estão sendo realizados pela DCNS a fim de equipar os Scorpènes com baterias de íons de Lítio (Li-ion), o que irá aumentar consideravelmente sua permanência submerso. Não está confirmado ainda se os SBr irão utilizá-las.
Os quatro motores diesel MTU 12V 396 SE84 e seus geradores retificadores Jemount Industries 580(KW), fazem com que a corrente elétrica seja sempre contínua. O submarino terá uma rede elétrica principal continua, redes de corrente alternada de 115(Volts), 60 e 400(Hz); 220(Volts), 60(Hz), e uma rede de corrente contínua com 28(Volts) de segurança e  emergência.
No Riachuelo a MB optou por não utilizar o Sistema AIP (Air Independent Propulsion)- MESMA por achar que para o nosso teatro de operações, este sistema não traria os benefícios desejados. Com o espaço obtido com a não utilização deste sistema, os engenheiros irão acrescentar maior capacidade de armazenamento de combustível, baterias e pessoal.

Sistema de Comando Tático

O sistema de comando tático escolhido foi o DCNS SUBTICS (Submarine Tactical Information and Command System), que comanda e coordena a detecção acústica, a detecção ar/superfície, a navegação e o controle das armas do submarino.
O SUBTICS possui as seguintes funções a partir de seus  6 consoles multifunção (MFCC):
• Vigilância acústica;
• Transmissão e aquisição através de data link;
• ESM Thales DR 3000 or ITT AR 900;
• Aquisição de dados e vídeo do periscópio optrónico e de ataque;
• Periscópio de ataque Sagem Série 20 (APS) e Série 30 -Sistema de Pesquisa (SMS) de acompanhamento e análise com identificação e classificação  do alvo;
• Controle de armas; e
• Controle de avarias e monitorização permanente dos sistemas.

Sistema de detecção acústica

• 1 Sonar Thales TSM 2233 Eledone (DSUV-22), TSM 2253 flank array passivo,
• 1 Sonar Thales Safare matriz de interceptação ou Thales S-Cube integrado à suíte sonar do submarino.
Para navegação o submarino estará equipado com uma central inercial de navegação, Giro, Receptor GPS, Eco-sonda.

Armamento

O submarino Riachuelo será capaz de lançar torpedos pesados filoguiados modelo F-21 através de 6 tubos de 21” que, além de torpedos, são capazes de lançar também os misseis anti-navio encapsulados (VSM) Exocet SM 39 e minas. Os 6 tubos lança torpedos possuem dispositivos de segurança mecânica, hidráulica e elétrica a fim de evitar situações de emergência como inundação pela água do mar.
Através de uma série de inovações e avanços tecnológicos o torpedo F 21, segundo seu fabricante, é capaz de destruir qualquer navio ou submarino. A alta densidade de energia da bateria, confere ao F-21  velocidade máxima e alcance estendido, enquanto sua cabeça acústica de nova geração garante eficiência na procura em águas profundas. Incorporando rigorosas exigências da marinha francesa, o F 21 é adequado para uso em todos os submarinos, de propulsão convencional ou nuclear.
Características importantes:
- dupla finalidade: anti-submarino e anti-navio;
- capacidades de águas azuis e marrons;
- Alta velocidade e resistência;
- Longo alcance orientado por fio de fibra óptica; e
- Resistente à  contramedidas.
O F21 pesa em torno de 1.3t, possui um alcance de 50 km, com velocidade variável entre 25 nós à 50 nós e profundidade variando entre 10 metros à 500 metros.
O míssil SM-39
Fabricado pela MBDA, o míssil SM 39 Mod Block 2 é um EXOCET MM 40 colocado dentro de uma cápsula à prova de água, que é disparada pelo submarino pelo tubo de torpedo. Ao sair da água, o míssil é ejetado da cápsula e seu motor é acionado.
Em seguida, ele se comporta como um MM 40. A utilização do míssil é mais uma das possibilidades de engajamento que o submarino possui, principalmente quando o alvo a ser engajado for passar fora da Zona de Patrulha do submarino e o mesmo não puder se posicionar para lançar torpedos. Seu alcance gira em torno de 72 Km.

Sistema de Auto Defesa

Toda a classe Riachuelo será equipada com o sistema de defesa anti-torpédico CONTRALTO®. Este sistema de despistadores (DECOY), foi desenvolvido para combater os mais avançados  torpedos existentes hoje em dia.
O sistema Contralto®-S é baseado no conceito de diluição/confusão. O CANTO®-S entra em ação imediatamente após lançado, reduzindo o tempo de reação, quando a ameaça está classificada e posicionada em uma distância muito curta. A nuvem de contatos é renovada constantemente gerando alvos acústicos falsos criados pelo CANTO®-S, perturbando o torpedo em poucos segundos. O torpedo desperdiça sua energia atacando alvos falsos. Enquanto isso, a manobra evasiva permite ao submarino deixar a área totalmente seguro.
Este equipamento possui características muito interessantes como seu baixo peso (20 Kg), sua autonomia (10 minutos) e seu prazo de validade em torno de 20 anos. Certamente uma ótima escolha da MB para esta classe.
A Marinha do Brasil com essa nova classe dá um salto formidável, adquirindo capacidade de construir submarinos novamente (100% desta vez), se preparando de forma consistente para o seu desafio maior.

O Submarino de Propulsão Nuclear ou simplesmente, SNB.

Defesa Aérea e Naval



loading...

- Icn(itaguaí Construções Navais)aguarda Para Esta Semana Chegada à Ufem Do Motor Elétrico Do ‘riachuelo’
Na UFEM está tudo pronto para receber o motor Jeumont-Schneider destinado ao “Riachuelo” Executivos da Itaguaí Construções Navais – joint venture da indústria naval francesa DCNS com a empreiteira Odebrecht – aguardam para a semana de 13...

- Rússia Iniciará A Construção Do 5º Submarino Yasen Em 19 De Março
O Estaleiro Sevmash da Rússia irá realizar a cerimonia de corte da primeira chapa do submarino Arhangelsk no próximo dia 19 de março.O submarino Arhangelsk pertence a classe de submarinos nucleares “Yasen”. O submarino é o 5ª dessa mesma classe....

- Esquadrão Orungan Realiza Missão Antissubmarino
O Esquadrão Orungan (1°/7° GAv) realizou, nos dias 16 e 17 de julho, missão antissubmarino (ASW) na costa brasileira e contou com a participação de quatro submarinos estrangeiros. Ao todo foram realizadas três missões de seis horas cada, com o...

- Incorporado à Marinha Há 25 Anos, Submarino Tupi Tem Projeto Arrojado
Submarino Tupi aberto para visitação pública no Porto de Vitória - Foto: Perfil O submarino Tupi foi lançado ao mar em 28 de abril de 1987 e incorporado à Marinha do Brasil em 20 de dezembro de 1988. Depois de realizar provas de mar e treinamento...

- Submarino Nuclear De Ataque Russo K-329 Severodvinsk Finalizará Seus Testes Antes Do Final Do Ano
O primeiro submarino nuclear de ataque russo da classe Yasen (Project 885), o K-329 Severodvinsk, completará os testes finais em novembro ou dezembro, depois que uma comissão do governo irá decidir se incorporará à Marinha Russa, disse nesta quarta-feira...



De tudo








.