O juiz federal Sérgio Moro deixou escapar esta semana o que teria supostamente reservado para o ex-presidente Lula no conteúdo de sua sentença final sobre a Operação Pixuleco. A sentença foi divulgada nesta quarta-feira, 18.[right-post]
A Pixuleco representou a 17ª fase da Lava Jato, deflagrada no dia 3 de agosto de 2015. A operação tinha como alvo principal o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. O nome Pixuleco foi adotado como uma referência ao termo usado pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto ao se referir ao dinheiro cobrado de empreiteiras do cartel que atuava na Petrobrás.
Na sentença foi divulgada nesta quarta-feira, Moro condenou José Dirceu a 23 anos e três meses de cadeia por corrupção passiva, recebimento de vantagem indevida e lavagem de dinheiro. Na sentença, o juiz rejeitou argumento do Ministério Público Federal (MPF) de que o ex-braço direito de Lula "dirigia a ação dos demais políticos desonestos".
Moro afirmou que não está clara "de quem era a liderança" mas deixou claro "Não reconhecer José Dirceu de Oliveira e Silva como o comandante do grupo criminoso, pelo menos considerando-o em toda a sua integralidade (empresários, intermediários, agentes públicos e políticos), motivo pelo qual deixo de aplicar a agravante do art. 2º, §3º, da Lei n.º 12.850/2013."
O Juiz deixou bem claro "Não reconhecer José Dirceu" como o chefe da organização criminosa, motivo pelo qual o juiz deixou de aplicar a agravante do art. 2º, §3º, da Lei n.º 12.850/2013, que se trata justamente da Lei que define organização criminosa. Moro quer o chefe.
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