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Síria diz que Rússia pode bombardear Estado Islâmico e EUA veem helicópteros russos lá
Os EUA continuam fazendo declarações sobre o fortalecimento da presença militar russa na Síria. Nesta quarta-feira (16) o Pentágono manifestou que reparou quatro aviões militares russos na província de Latakia.
Um oficial americano que fez um briefing sobre os últimos dados de inteligência disse ao canal televisivo Fox News que dois helicópteros de ataque russos Mi-24 e mais dois Mi-17 foram vistos nas últimas fotos de satélite sobre o aeroporto internacional Bassel Assad (que deve o seu nome ao irmão do presidente sírio Bashar Assad, morto em acidente rodoviário em 1994), localizado na província de Latakia na costa Mediterrânea da Síria.
Agora não há sinais de que os helicópteros de combate russos tivessem realizado seus primeiros voos sobre a Síria, disse o oficial. Porém, analistas de inteligência acreditam que os helicópteros podem ser usados logo que a tripulação de manutenção os prepare para operação.
Mais cedo nesta semana seis tanques de combate russos T-90 chegaram ao aeroporto internacional, manifesta Fox News.
Entretanto a Rússia nunca escondeu o fato de que está fornecendo equipamentos militares às autoridades oficiais da Síria para lutar contra o terrorismo.
A Reuters, por sua vez, cita o Pentágono que diz que o movimento de equipamento e pessoal organizado pela Rússia pode significar preparações para criar uma plataforma para operações aéreas na Síria onde a coalizão internacional organizada pelos EUA realizam ataques aéreos contra os terroristas do Estado Islâmico.
Entretanto apesar de não haver provas concretas de prontidão da Rússia de começar ataques aéreos contra terroristas na Síria, esta possibilidade foi bem recebida pelas autoridades legítimas do país. Assim, o embaixador da Síria na ONU Bashar Jaafari disse nesta quarta-feira (16) disse que a Rússia tem pleno direito de efetuar ataques aéreos contra o Estado Islâmico no seu país.
“Porque é que os americanos lutam contra o Estado Islâmico com os seus caças e os russos devem ser proibidos disso?”, disse Jaafari a jornalistas, “Será que isto faz sentido? Isto não faz sentido”.“Afinal das contas, estamos lutando contra o mesmo inimigo”, acrescentou.
O enviado sírio também disse que a assistência militar russa a Damasco está chegando como parte da antiga cooperação na área militar entre os dois países.
O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, por sua vez disse ontem (16) que o presidente Barack Obama iria saudar apoio construtivo russo para os seus esforços de criar uma coalizão contra o Estado Islâmicona Síria.
A Casa Branca iria saudar um “esforço construtivo, coordenado e integrado por parte da Rússia” para apoiar a coalizão na Síria, liderada pelos EUA.
Mais cedo na quarta-feira o secretário de Estado dos EUA John Kerry manifestou que o ministro do Exterior russo Sergei Lavrov propôs a ele durante uma conversa telefônica na terça-feira que Moscou e Washington devem travar negociações bilaterais sobre a crise na Síria.
Kerry acrescentou que neste momento a Casa Branca, o Departamento de Estado e o Departamento de Defesa estão considerando a proposta.
Os EUA exigem a renúncia do presidente da Síria Bashar Assad e estão contra o fornecimento de qualquer ajuda a Damasco. A Rússia, por sua vez, apelou repetidamente à assim chamada coalizão internacional para cooperar com as autoridades sírias sob a égide do Conselho de Segurança da ONU na luta contra o Estado Islâmico. O Ministério do Exterior russo declara que Moscou nunca guardou em secreto que fornece e irá fornecer ajuda técnico-militar ao regime de Bashar Assad na luta contra o terrorismo.
A guerra civil na Síria dura desde 2011 e já causou a morte de mais de 230 mil pessoas, segundo os dados da ONU. O governo sírio luta contra vários grupos rebeldes e organizações militares, incluindo a Frente al-Nusra e o grupo terrorista Estado Islâmico.
O grupo terrorista Estado Islâmico, anteriormente designado por Estado Islâmico do Iraque e do Levante, foi criado e, inicialmente, operava principalmente na Síria, onde seus militantes lutaram contra as forças do governo. Posteriormente, aproveitando o descontentamento dos sunitas iraquianos com as políticas de Bagdá, o Estado Islâmico lançou um ataque maciço em províncias do norte e noroeste do Iraque e ocupou um vasto território. No final de junho de 2014, o grupo anunciou a criação de um "califado islâmico" nos territórios sob seu controle no Iraque e na Síria.
http://br.sputniknews.com/mundo/20150917/2148536.html#ixzz3m24ybl41
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