O novo governo parece demonstrar uma preocupação genuína com os reflexos da crise econômica herdada dos governos do PT. Pouco antes de ser afastada, Dilma afirmou em entrevista à jornalistas estrangeiros que a única forma de equilibraras contas públicas seria através da elevação dos impostos.
O ex-presidente Lula defendia a tese de lançar mão das reservas internacionais do país como forma de atravessar a crise. Tal medida afugentaria os investimentos no país e casaria uma explosão do dólar no mercado, elevando ainda mais a inflação. Tanto Lula quanto Dilma defendiam a volta da CPMF, o que também teria um peso na inflação, sacrificando duplamente o contribuinte.
A equipe econômica do governo Temer demonstrou que é possível poupar a população de novos impostos sem mexer nas reservas internacionais, recorrendo ao resgate de parte dos recursos que a União dispões no BNDES, coisa que ninguém no PT cogitava por se tratar da galinha dos ovos de ouro do partido.
Nos últimos anos, os governos do PT sacaram do Tesouro Nacional (o "cofre" do contribuinte no governo federal) mais de R$ 500 bilhões e repassou ao BNDES. Agora, O governo quer receber de volta pelo menos R$ 100 bilhões – pelo menos R$ 40 bilhões agora; R$ 30 bilhões em um ano; e os outros R$ 30 bilhões em 24 meses. Apenas em juros, o governo vai economizar cerca de R$ 7 bilhões este ano. A estimativa é que a medida faça com que as despesas públicas caiam entre 1,5% e 2% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos três anos.
O Fundo Soberano criado pelo PT para garantir investimentos no pré-sal era usado para favorecer empreiteiras investigadas na Lava Jato por participação nos desvios na Petrobras. Esse fundo foi criado em 2008, quando houve um excesso de superávit primário. Quem mais se beneficiou do dinheiro do povo que o PT enviou ao BNDES, além de empresas como a Friboi e Odebreacht, foram países bolivarianos e outros regimes corruptos, como Cuba, Venezuela e Angola.
Tecnicamente, o objetivo do fundo era servir como uma espécie de "colchão" para as contas públicas em momentos de crise – como o atual. Parte desses recursos está aplicada em ações do Banco do Brasil.
Setores do PT reagiram à iniciativa do governo em "mexer" nos recursos sagrados do BNDES e questionaram a autoridade do atual governo.
oadm