Toda a Europa contra Romney
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Toda a Europa contra Romney


Se o destino do presidente dos EUA nas futuras eleições de 6 de novembro fosse decidido pelos europeus, o republicano Mitt Romney jamais entraria na Casa Branca. Uma prova disso são resultados de um pesquisa de âmbito mundial, levada a cabo pela companhia britânica YouGov e pela Universidade de Cambridge.

Na Alemanha, França e Grã Bretanha apenas 20% dos entrevistados sentem algo semelhante à simpatia com relação ao candidato dos republicanos.

O fato de que desta pesquisa participou uma das universidades mais prestigiosas do mundo - Cambridge - a torna algo semelhante à sentença científica. Na Europa a antipatia em relação a Romney é quase total, mesmo nos países-aliados dos EUA. Na Grã Bretanha apenas 3% dos interrogados disseram que a vitória de Romney os fará adotar uma atitude positiva para com os EUA. Na Alemanha a respectiva percentagem é igual a 4% e na França - 5%. O número de otimistas é maior mesmo no Paquistão, no Oriente Médio e na África.

Certamente, os resultados desta pesquisa não irão afetar o quartel-general de Romney, nem a América em geral. Os americanos sempre encararam com um ar de arrogância a opinião da Europa vetusta a respeito do seu país. E os candidatos chegam a ostentar a sua renúncia à europeização, como se fosse uma armadura. Esta pesquisa tem um outro aspecto importante - a desconfiança geral em relação à política externa dos EUA. E não se trata de Romney, em si. Esse candidato não tem, de um modo geral, uma posição clara no tocante à política internacional, mas possui, em compensação, uma equipe de 30 conselheiros. A parte diplomática da equipe é repleta de neoconservadores da época de George W. Bush. Daí as três teses da política externa de Romney que assustam a Europa, a África e a Ásia: os EUA irão apoiar o ataque de Israel contra o Irã, estão prontos a dar início a uma guerra comercial com a China e consideram a Rússia o principal inimigo da América.

A maioria esmagadora dos interrogados - de 40 a 70%- reputa que dentro de vinte anos a liderança mundial vai passar dos EUA à China. Os analistas russos acham que isso é perfeitamente possível e que o processo de reorientação da Europa pelo Império Celeste já está em andamento. Eis a opinião de Andrei Volodin, dirigente do Centro de Pesquisas Orientais da Academia Diplomática junto do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

"A Europa será forçada a adaptar-se a realidades novas, terá que levar em consideração o deslocamento do eixo geo-económico para o leste, rumo à região da Ásia e do Pacífico. Como sempre, o parceiro mais pragmático do Leste foi, é e será a Alemanha. Ela já tem mantido relações econômicas e políticas estreitas com a Rússia e consolida cada vez mais o seu relacionamento com a China".

O acadêmico Andrei Ostrovski, vice-diretor do Instituto do Extremo Oriente junto da Academia de Ciências da Rússia, é mais cauteloso nas suas estimativas.

"Por enquanto as tentativas de alguns países de orientar-se pela China - já o tentaram Portugal, Espanha e Itália - estão sendo paralisadas. As tentativas da China de atrair os europeus para o seu lado são impedidas com êxito, enquanto estes Estados são membros da União Europeia e do OTAN".

A política externa não é o tema principal da campanha pré-eleitoral do presidente. Por isso não creem que ela não possa ser utilizada na qualidade de um instrumento. Obama faz lembrar nos seus discursos que Romney é totalmente ignorante nesta esfera e que um indivíduo destes no governo de uma superpotência nuclear é perigoso.

Voz da Rússia



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