Opera Mundi - Os países da UE (União Europeia) anunciaram, nesta terça-feira (29/07), a imposição de sanções econômicas contra a Rússia por considerarem que ela não fez o suficiente para diminuir a tensão na Ucrânia. Trata-se do mais amplo pacote de sanções já imposto contra a Rússia desde o final da Guerra Fria. Além disso, os EUA acusam Moscou de ter violado o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, assinado por ambos em 1987.
Por sua vez, os Estados Unidos também anunciaram sanções às três maiores instituições financeiras russas: o Banco de Moscou, o Banco de Agricultura Russo e o Banco VTB.
Esta é a primeira vez em que há consenso na UE para impor sanções econômicas a Moscou. A medida inclui restrições financeiras e embargo de armas. O objetivo é bloquear investimentos em alguns setores da economia da Crimeia e de Sevastopol, principalmente no que se refere a construção, transporte, telecomunicações e energia.
Por outro lado, o Kremlin pediu aos Estados Unidos que cessem o apoio à ofensiva das forças governamentais ucranianas contra a população civil das regiões separatistas do leste do país.
A relação entre a Rússia e as potências ocidentais piorou após a queda do avião da Malaysia Airlines com 298 pessoas no leste da Ucrânia, em área controlada por manifestantes pró-Rússia. Os europeus consideram que a Rússia continua transferindo armas aos opositores. O Kremlin nega as acusações.
Sanções
Até o momento, as sanções contra a Rússia estavam concentradas no cancelamento de reuniões bilaterais, suspensão da cooperação em determinadas áreas, congelamento de ativos e proibição de vistos para pessoas e entidades consideradas responsáveis pela desestabilização do leste da Ucrânia.