‘Amigos da Síria’ concordam que Assad não pode ter papel em futuro governo
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‘Amigos da Síria’ concordam que Assad não pode ter papel em futuro governo


Encontros dos 'Amigos da Síria em Londres; da esquerda à direita, os ministros do Exterior de: Jordânia, Nasser Judeh; da Arábia Saudita, Saud al-Faisal; dos Emirados Árabes Unidos, Adbdullah bin Zayed al-Nahyan; do Reino Unido, William Hague; do Catar, Khalid bin Mohammad Al Attiyah; e dos Estados Unidos, John Kerry - Foto: AP

Formam os 'Amigos da Síria' Reino Unido, Egito, França, Alemanha, EUA, Jordânia, Itália, Catar, Arábia Saudita, Turquia e Emirados Árabes Unidos – países aliados da oposição ou grandes críticos do presidente da Síria

Os "Amigos da Síria" concordam que o presidente sírio, Bashar al-Assad, "não pode ter papel algum em um futuro governo", declarou o chefe da diplomacia britânica, William Hague, que falou de "uma aprovação geral" neste sentido em Londres.

"Por definição, aprovação geral significa que este acordo só é possível com o consentimento da Coalizão Nacional Síria para que Assad não desempenhe papel algum no futuro governo sírio", ressaltou William Hague, durante uma coletiva de imprensa após a reunião de onze países ocidentais e árabes com representantes da oposição, em Londres nesta terça-feira.

No comunicado final da reunião, o "Grupo de Amigos da Síria" também insistiu em um acordo mútuo, ressaltando que "Assad e seus colaboradores mais próximos com sangue em suas mãos não terão papel na Síria". "Nós precisamos que prestem contas pelos atos cometidos durante o conflito", diz o texto.

William Hague acrescentou que "não pode haver uma solução política e pacífica na Síria sem a participação da oposição moderada". A garantia de que uma oposição moderada participasse da conferência de paz prevista para novembro era um dos principais objetivos do encontro.

Os onze países ocidentais e árabes do "Grupo de Amigos da Síria" ainda tentam superar os obstáculos para a realização de uma conferência de paz em Genebra, prevista para novembro. O principal deles é o boicote de grande parte da oposição. O presidente Assad também apresenta alguma resistência a esse encontro por considerá-lo prematuro.

"Nós também concordamos com o fato de que a oposição síria, incluindo grupos armados moderados, continua a precisar do nosso apoio", acrescentou o ministro das Relações Exteriores britânico.

"Sem solução negociada, o massacre vai continuar ou até se intensificar", declarou o secretário de Estado americano John Kerry, após a reunião. "Nosso trabalho, dos onze Estados que constituem o núcleo, é fazer tudo ao nosso alcance para ajudar a oposição a fim de que ela possa negociar com eficácia", acrescentou. "É uma tragédia, e é uma das maiores atualmente neste planeta. Acreditamos que o caminho da guerra só vai levar ao colapso do Estado da Síria".

França satisfeita

O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, achou que a reunião de hoje foi "positiva"". "Da parte dos onze, foi o momento em que fomos mais precisos sobre a preparação e as condições para Genebra", declarou. Ele acrescentou que o encontro também foi "positivo do ponto de vista da coalizão" opositora. "Nós fornecemos uma série de respostas, (…) e, a partir delas, a coalizão deverá tomar a decisão necessária", disse, sem dar detalhes.

"Para que haja uma conferência positiva é necessária a participação do regime, não Bashar (al-Assad), e da oposição moderada. Se isso não acontecer, teremos de um lado o regime e do outro os extremistas, os terroristas", ressaltou. Quanto à possível participação do Irã, Laurent Fabius disse que este país deve aceitar antes a ideia de um governo de transição sem Bashar al- Assad.

"Nós temos uma posição clara, que é dizer que a condição para qualquer país participar é aceitar as regras e os objetivos de Genebra", garantiu. "Entre os objetivos, a conferência tem como missão abrir caminho a um governo de transição, com todos os poderes, (…), assumindo os poderes do presidente Bashar al-Assad. Se os iranianos aceitarem expressamente esse elemento, poderemos considerar" sua participação, acrescentou.

AFP



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