A reduzida operatividade dos Sukhois Venezuelanos
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A reduzida operatividade dos Sukhois Venezuelanos


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Recentemente a Aviação Militar Venezuelana comemorou o oitavo aniversário da reativação do Grupo Aéreo de Caça 13, casa de 18 dos 24 Sukhoi-30MK2 Venezuelanos. No artigo publicado no website oficial Aviação Militar Venezuelana se mencionou que desde a incorporação dos Su-30MK2, estes tem feito 6725 horas de voo. Isto é um preocupante indicador, considerando que são 18 aeronaves num período de oito anos, então teriam em media 47 horas de voo anuais. A quantidade de horas de voo fica muito abaixo da media mundial aceitável que fica perto das 150 horas anuais.
Mas qual é o histórico destas aeronaves e como se relaciona com a taxa reduzida de operações na Venezuela? As negociações tiveram inicio entre a Venezuela e a Rússia, via Rosoboroneport, em Novembro do 2005. Em Julho de 2006 chegaram à Venezuela dois demonstradores, um Su-30MK e um Su-30MK2, e ficaram fazendo provas na Venezuela por um período de 12 dias, incluindo sua participação no 195 Aniversário da Independência da Venezuela. Nesse mesmo mês, Venezuela e Rússia assinaram o contrato de compra de 24 Sukhoi 30MK2 Flanker G por o preço de 1600 milhões de dólares. As entregas de Su-30MK2 para a Aviação Militar Venezuelana começaram em 29 de Novembro de 2006, só 4 meses depois da assinatura do contrato. As aeronaves foram entregues ao recentemente reativado Grupo Aéreo Caça 13 na Base Aerea Teniente Luís  del Valle García em Barcelona, e depois seis aeronaves foram transferidas ao Grupo Aéreo Caça 11 em substituição dos Mirage 50 EV/DV.
As novas aeronaves representaram um enorme avanço nas capacidades não só da Venezuela, mais da aviação militar na região. Foi o primeiro caça pesado de superioridade aérea no continente, e incluía a incorporação de armamento avançado antes inexistente na América do Sul como misseis BVR e sistemas de ataque terrestre de longo alcance. Sua incorporação também implicou um aumento no custo operativo de aeronaves dado que o Su-30MK2 depende de dois turbofan NPO Saturn AL-31F, assim como sistemas eletrônicos complexos como seu radar NIIP Tijomirov RLPK-27VEP/N-001VEP.
Mais ainda depois de 8 anos de sua incorporação é pouco comum ver aos Su-30 cumprindo funções de interceptação de aviões que incursionam no espaço aéreo Venezuelano, como nos incidentes com P-3 Orion Norte-americanos. Nestes casos, e também em interceptação de vôos vinculados ao narcotráfico, a aeronave despregada tem sido os já antigos F-16 A/B Block 15 OCU.
Depois de alguns anos desde a incorporação dos Su-30MK2, toda a frota teve que ficar em terra por três meses devido à falta de peças para sua operação. Nesse caso em particular foram itens que não são fabricados na Venezuela e que o provedor Russo demorou em encaminhar para a Venezuela.
Nos rangos da Aviação Militar Venezuelana tem muita insatisfação em quanto o serviço ao cliente das empresas Russas, principalmente por ser um fornecimento não confiável e um inadequado apoio técnico.  Este problema tem ofuscado as qualidades muito apreciadas do Su-30MK2 na Venezuela, forçando a Aviação Militar Venezuelana de depender dos F-16 como caça de primeira linha, ainda com os problemas de embargo que reduzem a frota de F-16 e impedem sua modernização.
A incorporação dos Flankers na Venezuela trouxe muita esperança na Aviação Militar Venezuelana, mais o serviço pós-venda Russo tem trazido muitos problemas, e junto a uma média muito baixa de horas de voo mensais, o Flanker na Venezuela tem se convertido em um sistema pouco confiável criando um vácuo nas capacidades aéreas Venezuelanas.
* Analista internacional especializado em politica externa, defesa, segurança e direitos humanos.
**Agradecimento especial para FAV-Club por os dados sobre a incorporação dos Su-30MK2 na Venezuela
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Plano Brasil



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