Assessor do FMI prevê colapso bancário “em duas ou três semanas”
Assessor do Fundo Monetário Internacional (FMI) pede resposta urgente à crise da dívida soberana da Zona Euro.
Robert Shapiro assegura que se os políticos não encontrarem uma fórmula “credível” para atacar a crise, em duas ou três semanas “teremos uma crise da dívida soberana que vai levar a um colapso do sistema bancário europeu”.
Em entrevista à BBC, o assessor do FMI adiantou que “não estamos a falar de um banco belga relativamente pequeno, mas dos maiores bancos do mundo, os maiores bancos na Alemanha, em França, e alargaria-se ao Reino Unido e a todos os sítios porque o sistema financeiro global está ligado”.
Shapiro admitiu ainda que a crise actual pode ser “pior do que a de 2008″, já que se desconhece o impacto da dívida pública nos bancos, em caso de incumprimento de algum governo”. Ainda assim deixa o aviso: “o FMI não tolerará um novo Lehman Brothers”, o banco norte-americano que ruiu em 2008.
Esta semana, o FMI sugeriu que fossem injectados 100 a 200 mil milhões de euros nos principais bancos europeus para estabilizar o sector, sendo que o presidente da Comissão Europeia (CE), Durão Barroso, confirmou ontem a proposta de uma “acção coordenada” para ajudar à recapitalização dos bancos.
Já Angela Merkel adiantou ontem que “o aviso de que os bancos europeus não têm capital suficiente deve ser levado muito a sério. Se for preciso [recapitalizar os bancos], será dinheiro bem empregue, e não devemos hesitar, porque os prejuízos daí resultantes seriam muito mais elevados”.
Sapo Economia
Duas ou três semanas. Esta é a linha de vida para a banca europeia, prevista pelo assessor do Fundo Monetário Internacional (FMI), Robert Shapiro.
Depois da entrevista do corretor Alessio Rastani, que afirmou que a Goldman Sachs manda no mundo, as entrevistas da BBC continuam a dar que falar.
Ontem, no notíciário nocturno da cadeia pública britânica, Shapiro participou numa tertúlia sobre a situação económica da zona euro.
Nela, o assessor do FMI assegurou que se os políticos não encontrarem uma fórmula “credível” para atacar a crise, em duas ou três semanas “teremos uma fusão da dívida soberana que vai levar a um colapso do sistema bancário europeu”.
Saphiro adiantou que “não estamos a falar de um banco belga relativamente pequeno, mas dos maiores bancos do mundo, os maiores bancos na Alemanha, em França, e alargar-se-ia ao Reino Unido e a todos os sítios porque o sistema financeiro global está ligado”.
“Esta seria uma crise que, desde o meu ponto de vista, vai ser mais grave que a de 2008″, concluiu.
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