Atualização das notícias da Eurocrise
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Atualização das notícias da Eurocrise


Bancos da Espanha precisam de 50 bilhões de euros, diz ministro

O ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos, afirmou que os bancos do país precisam de 50 bilhões de euros de provisões adicionais, em uma entrevista ao jornal britânico The Financial Times. “Levando em consideração as avaliações que foram feitas em casos como o da Irlanda, no máximo precisaríamos de 50 bilhões de euros de provisões adicionais”, declarou o ministro.
“Na grande maioria dos casos, pode acontecer por conta própria, graças aos lucros”, completou. Vários bancos da Espanha executaram operações de aumento de capital para reforçar a estabilidade como exigia a Autoridade Bancária Europeia (EBA).

Primeiro-ministro grego diz que o país pode entrar em colápso desordenado já em Março sem um acordo com a troika.

Lucas Papademos disse hoje aos líderes de associações de empresários e sindicatos gregos que a economia pode entrar em colapso já em Março, se o país não aceitar cortes nos rendimentos como um ponto-chave para garantir um novo pacote de resgate com a troika.

“Temos de ceder um pouco se não queremos perder muito”, disse Papademos citado pela Bloomberg, depois de ter sido hoje noticiado que o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) insistiram junto do Governo grego para reduzir o salário mínimo, actualmente fixado nos 600 euros mensais.

Este mês, o governo helénico retomou as conversações com a ‘troika’, com enfoque para a “constituição de um plano de ajustamento económico credível para o período entre 2012 e 2015″.
“Sem este acordo com a ‘troika’ e o consequente financiamento, a Grécia enfrenta em Março o risco imediato de um incumprimento desordenado”, alertou Papademos.

Ontem também a porta-voz de Atenas disse que a Grécia sairá da zona euro se não conseguir chegar a acordo com a ‘troika’ para receber um novo pacote de ajuda externa, avaliado em cerca de 130 mil milhões de euros.

“O acordo para o resgate terá que ser assinado, caso contrário estaremos fora dos mercados, fora do euro”, disse ontem o porta-voz do governo helénico, Pantelis Kapsis, acrescentando que, nesse caso, “a situação será muito pior”.

O primeiro pacote de ajuda à Grécia, no valor de 110 mil milhões de euros, não produziu os efeitos desejados, o que levou Atenas a acertar com a Comissão Europeia, o FMI e o BCE um segundo empréstimo internacional, no valor de 130 mil milhões.

UE quer redução do salário mínimo na Grécia

‘Troika’ pediu ao Governo grego que reduza o salário mínimo, actualmente fixado nos 600 euros.

O Fundo Monetário Internacional, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu insistiram junto do Governo liderado por Lucas Papademos para reduzir o salário mínimo, actualmente fixado nos 600 euros mensais.
De acordo com a estação televisiva Skai, a ‘troika’ enviou uma carta ao Ministério do Trabalho grego a pedir ao Governo que resolva este tema mediante um decreto-lei, caso os sindicatos e os patrões não cheguem a acordo.
O salário mínimo mensal líquido na Grécia é de 600,79 euros, mas no caso de trabalhadores com menos de 25 anos esse montante é de 500 euros.
A redução dos custos salariais é uma das condições exigidas pela ‘troika’ para continuar com a ajuda financeira à Grécia.

Portugal precisa de 20% do PIB só para pagar juros e dívida

Portugal vai precisar de 33,3 mil milhões de euros, o equivalente a 20,3% de toda a riqueza que espera produzir em 2012.

Portugal vai precisar do equivalente a 20,3% de toda a riqueza que espera produzir durante este ano só para pagar juros e amortizar dívida pública. As necessidades brutas de financiamento do país atingem os 33,3 mil milhões de euros e são as quartas mais elevadas da zona euro.
Só a Grécia, a Itália e a Bélgica apresentam necessidades brutas de financiamento para este ano mais elevadas do que a economia portuguesa. Contabilizando o total de financiamento necessário para cobrir os pagamentos de juros, as amortizações de dívida e ainda o défice primário das administrações públicas, a Grécia precisa de alocar o equivalente a 30,5% do seu PIB, a Itália precisa de 22,8% e a Bélgica de 20,7%.

Já Portugal não precisa de qualquer financiamento para o défice primário – estima-se que terá um excedente equivalente a 0,5% do PIB – pelo que as suas necessidades brutas totais são ligeiramente atenuadas, para 19,7%. Ainda assim, este valor fica bem acima da média da zona euro, que será de 16,3% do PIB da união monetária.
Os dados foram reunidos pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) – os especialistas que dão apoio aos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças – e constam da nota mensal de Dezembro sobre a dívida pública.

Portugal: Greve nos portos ameaça parar País e bloquear exportações

Os principais portos nacionais vão estar em greve geral a partir de segunda-feira, ameaçando paralisar a economia nacional.

Os principais portos nacionais vão estar uma semana em greve geral a partir da próxima segunda-feira. A acção ameaça paralisar a economia portuguesa, provocar rupturas de ‘stocks’ em empresas vários sectores – combustíveis, distribuição, indústria, automóvel, etc – e travar um dos poucos indicadores positivos de uma economia em recessão: as exportações.

O Diário Económico apurou que, no passado dia 22 de Dezembro, a Confederação dos Sindicatos Marítimos e Portuários (Fesmarpor) emitiu um pré-aviso de greve dos trabalhadores dos portos de Viana do Castelo, Aveiro, Figueira da Foz, Lisboa, Setúbal, Sines e Caniçal (ilha da Madeira). São os maiores portos nacionais, exceptuando o porto de Leixões. Diversas fontes do sector adiantam ao Diário Económico que a greve deverá ter uma menor adesão no porto de Sines, onde a Fesmarpor é menos representativa.

Os seis sindicatos reunidos nesta confederação decidiram “participar, activa e solidariamente, em todos os portos onde detêm representatividade, nesta manifestação de unidade e de luta, contra a prepotência e o oportunismo das empresas de estiva e das associações de operadores que, aproveitando a crise vigente, procuram, pela ameaça do despedimento e da precarização dos contratos de trabalho, anular e eliminar todos os acordos e protocolos anteriormente celebrados com os sindicatos”.

Sapo Economia



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